Por questões religiosas ou apenas pelo simples hábito de se alimentar de peixes, na hora da compra o consumidor deve ficar bastante atento. Além da qualidade do produto, primeira preocupação de qualquer pessoa, também o preço deve ser colocado em pauta.

Uma pesquisa realizada pela reportagem desta Folha em vários pontos de venda do produto na cidade, identificou variação de até 150% no valor do quilo, isto em caso de peixes da mesma qualidade.

Esta é situação verificada, por exemplo, para o caso da dourada, produto que é apresentado ao consumidor em várias formas de embalagem ou mesmo com nomes pouco diferenciados, seja como postas ou como filés, cujo preço varia de R$ 11,95 o quilo a R$ 30,12.

Outra qualidade que tem variação considerável é o pintado, chegando a variar até 142% entre um ponto de venda e outro. O preço do quilo deste peixe chega a custar R$ R$ 33,60, contra o valor mais barato encontrado que é de R$ 13,90.

O mapará também apresenta variação grande entre o maior e o menor preço. Durante a pesquisa a reportagem encontrou os valores de R$ 4,99 o quilo no caso do mais barato e de R$ R$ 11,78 o quilo.

Já no caso da piapara, um dos peixes mais comuns e, portanto mais baratos, o consumidor encontra uma variação de até 132%. O preço do quilo mais barato é R$ 5,39 contra o mais caro de R$ 12,50.

Além disso, em relação aos preços praticados no período da quaresma do ano passado, também foram detectados aumentos nos valores do preço por quilo de algumas das nove qualidades mais preferidas pelo consumidor, de até 12%.

A qualidade que teve o preço com maior alta foi a sardinha, encontrado como mais barato por R$ 4,85 o quilo.

No entanto, há uma qualidade que também é muito consumida e não teve variação de preço de um ano atrás para cá. Trata-se do curimba, cujo preço mais barato é de R$ 4,95 o quilo, mas que apresenta variação de até 41% nos preços praticados nos vários pontos de venda consultados.