02 de outubro | 2017

Prefeitura confirma que só 23% do esgoto é tratado em Olímpia

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Embora não seja o desejo do prefeito Fernando Augusto Cunha, em relação ao tratamento de esgoto no município de Olím­­pia, o fato que foi confirmado na sexta-feira desta semana, dia 29, pela assessoria, é que somente 22,88% do esgoto são tratados no município. Segundo a assessoria da Prefeitura Municipal, o restante é jogado in natura nos rios Olhos D’água e Cachoeirinha.

A questão veio à tona novamente em razão de, na quarta-feira desta semana, dia 27, o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, publicou uma reportagem que coloca Olímpia como a cidade da região que mais joga DBO (carga poluente do esgoto) nos rios da região.

O Atlas Esgotos, elaborado pela Agência Nacional de Águas, coloca Olím­pia como a cidade da região que mais joga DBO (carga poluente do esgoto) nos rios da região de Rio Preto.

De acordo com o documento, a cidade deixa de tratar 77,2% do esgoto captado, o que gera uma carga de 2.078,1 quilos dias de DBO. Os dados são do maior estudo já feito, com informações de 2013.

Apesar disso, o prefeito explica que o plano de implantação da infraestru­tura para o tratamento da totalidade de esgoto completou 5 anos em 2017 sem a sua conclusão, mas que está enquadrado num programa do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica, chamado Água Limpa, sendo, assim, construído por meio de um Convênio (DAEE 2011/11/00319.0 e 29/12/2011) firmado com o Governo do Estado, com investimento inicial de R$ 21 milhões.

“A sua concepção é suficiente para atender a uma população estimada de 61 mil habitantes. Atualmente, a obra está 60% realizada, sendo que, para a conclusão dos outros 40%, são necessários investimentos da ordem de R$ 18 milhões”, explica Cunha.

Dessa forma, segundo o prefeito, a obra para tratar 100% de esgoto do município está paralisada por falta de recursos do DAEE. “O município tem estado em constante contato com o departamento para que as obras prometidas e já iniciadas pelo Estado sejam retomadas com a máxima urgência”, acrescenta.

A Prefeitura teve dificuldades para fazer com que as obras nessa área acompanhasse o crescimento turístico da cidade, justamente “porque Programa Água Limpa do DAEE está paralisado desde 2014, por isso a deficiência em atingir os 100% de esgoto tratado”.

Enquanto isso, o município construiu uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto “Córrego dos Pretos”, no ano de 2013 e a ampliou em 2016. “A estação trata 22,88% do esgoto da cidade. Atualmente, encontra-se em fase de licencia­men­to ambiental um novo projeto de uma estação compacta de tratamento de esgoto que vai tratar mais 16% do esgoto da cidade. Além disso, desde o início da gestão, temos tratado o assunto como prioridade”.

De acordo com Fernan­do Cunha, em 26 de janeiro, o município recebeu a visita dos engenheiros do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica.  A visita foi um pedido que fiz, antes mesmo de assumir o mandato, em reunião com Benedito Braga, secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Ricardo Salles, secretário estadual do Meio Ambiente e Ricardo Daruiz Borsari, superintendente do DAEE. Os engenheiros estiveram em Olímpia para discutir entre outros assuntos, a retomada das obras da ETE.

“Uma prioridade dessa gestão, pois, no início do ano, a prefeitura e novos loteamentos do município foram multados pela CETESB porque a cidade não tem esgoto 100% tratado. Várias gestões junto ao Estado estão sendo feitas para que a obra seja retomada o mais breve possível”, reforça.

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