18 de maio | 2008

Professora pede leis mais rígidas e menos benefícios

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 Para a professora Fernanda Mialich Lopes (foto) as leis deveriam ser mais rígidas do que são e com menos benefícios a condenados. Ela também é contra a família da vítima querer interferir na questão com a finalidade de promover vingança contra o acusado de crime de morte, por exemplo.

"Não é praticando outra violência que você vai acabar com a violência, mas conversando e deixando que a justiça seja feita pelos próprios policiais que investigarão e analisarão o que é melhor para ser feito", comentou.

A interferência da família tende a piorar a situação "porque você querendo matar e fazer justiça com as suas próprias mãos só causará mais injustiça, vai virar outra guerra e outra violência e toda hora vai haver mais violência ao invés de paz".

São vários os motivos que Fernanda aponta para uma pessoa matar com requinta de crueldade, dentre elas as drogas ilícitas. Mas também pode ser por motivos financeiros ou mesmo a divisão de dinheiro dentro da família.

Entretanto, mesmo com a violência descabida que se vê em alguns casos, a professora é contrária à instituição da pena de morte no Brasil. Mas assevera que as penas mais severas e a obrigatoriedade que o condenado cumpra a pena totalmente, seriam maneiras mais adequadas de punir.

Os benefícios, periodicamente, concedidos a condenados, na opinião de Fernanda servem apenas para incentivar que sintam a impunidade proporcionada pelo sistema jurídico do Brasil. Ela acredita inclusive, que a morte do casal olimpiense pode ter ocorrido devido a saída temporária do acusado.

Para os presos, segundo ela, o pensamento que fica é que cometem um crime, são condenados e ficam pouco tempo na cadeia. Quer dizer, com dois ou três anos de bom comportamento, mesmo no caso de penas mais longas, começam a ser beneficiados saindo temporariamente.

ACABAREM SAÍDAS
Por isso diz que as saídas deveriam acabar: "não são todos, mas a maioria volta e com o mesmo pensamento e, se tiver que cometer outro assassinato, outro crime, comete sem ter dúvida se vai voltar ou não para lá (cadeia)".

Mas ao falar em corrigir defeitos no sentido de modificar o panorama Fernanda chega a reclamar dos critérios policiais. Por exemplo, cita que há grande preocupação com o trânsito durante a noite nas avenidas, mas não se vê menores de idade tendo acesso a festas regadas a bebidas alcoólicas e possivelmente drogas, sem mesmo que os pais saibam onde o filho está.

"Esquece que em uma noite, numa festa, numa boate, entram pessoas de 12, 14 anos, às vezes sem autorização dos pais que nem sabem onde essa criança foi. Acho que tem que começar (a mudar) por aí porque daí é que gera a violência", comentou.

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