16 de agosto | 2020

Profissional grava vídeo no Dia dos Pais conclamando a respeitar distanciamento

Compartilhe:

MAIS UM APELO PELA VIDA!       
Gente, se conscientiza enquanto não morrer
alguém da família de vocês.
“O que adianta eu postar no Face ‘Ai, que
dó, Fulano de fulano morreu’ e eu continuar
saindo em festa e eu continuar saindo sem
máscara e eu continuar saindo e participar
em aglomeração? Não, tá tudo errado.
Tá tudo errado”.

 

Nos últimos dias, foram vários os casos de depoimentos de pessoas que já passaram pelo sofrimento dos efeitos provocados durante o período de infecção da Covid-19 e gra­varam vídeos ou fizeram “textões” na internet.

Um depoimento destes foi exibido esta semana, durante o programa Cidade em Destaque ancorado pelos jornalistas Bruna e José Antônio Aran­tes. Foi o de Bruna Roza, também conhecida como Bruna Empada que fez um apelo emo­cionado no sentido de a população respeitar as medidas de contenção para evitar o sofrimento que esta doença provoca.

— Olá, pessoal. Boa noite, tudo bem? Pra quem não me conhece, eu sou a Bruna, tá?  Conhecida como ‘Bruna das empadas’, mas isso não vem ao caso. Esse vídeo, galera, é uma forma de desabafo, uma forma de uma pessoa que tem uma vida normal e ela não pode. Como que eu posso estar falando pra vocês, eu sou nova na cidade, não nova de meses, mas sim de anos e eu tô vendo que aqui tá morrendo muita gente devido ao covid-19. Eu vejo famílias se lamentando, chorando em redes sociais avisando que fulano, ciclano perdeu família. Triste, lamentável, né? Eu super entendo, realmente é triste.

Não adianta postar

no face e continuar

saindo em festa.

—- Hoje é dia dos pais, eu acredito que teve família que realmente pode ver seus pais, que convive com ela diariamente e a maioria não. A maioria não pode, a maioria não vai porque a maioria respeita. Eu vejo ‘Ah, porque fulano morreu’, sentimentos. Acredito, é realmente um sentimento, uma pessoa da família morreu. Triste. Agora vem cá comigo, o que adianta eu postar no Face ‘Ai, que dó. Fulano de fulano morreu’ e eu continuar saindo em festa e eu continuar saindo sem máscara e eu continuar saindo aglomerado? Não, tá tudo errado. Tá tudo errado.

—- Gente, aqui fica o apelo de uma pessoa que gosta de se juntar com a família. Eu amo minha família. Eu amo a minha família e eu não posso ficar com a minha família. Será que vocês não pensam? Hoje é dia dos pais, não posso ver meu pai. Meu pai não é de Olímpia, eu sou nova aqui. Eu quero ver minha avó, não posso. Será que vocês entendem? Outra coisa, não é falta de convite, eu tenho uma avó maravilhosa na cidade. ‘Vem almoçar com a gente’, eu não vou. Eu respeito, ela é idade, é de risco.

Sou de risco,

acima do peso,

hipertensa

e diabética.

— Eu sou de risco, uma pessoa acima do peso, hiper­tensa, diabética. A vida tá acabando, ninguém tá se cons­cientizando. Gente, qual o ponto que vocês não tão vendo que tá todo mundo morrendo? É só cego pra não ver. É só cego. Jurando por Deus, pensa dois minutinhos, entra dentro do seu banheiro, do seu quarto, da sua cozinha, onde quer que seja, e pensa dois minutos. Pensa! O mundo tá acabando, o mundo está acabando por irresponsa­bi­li­dade de quem é irresponsável.

— Se eu pegar covid amanhã ou depois, ou depois, eu não sei da onde ele veio. Da minha família, que tá assistindo, sabe que gente não se vê faz tempo. Minha família, meu pai, minha mãe, minhas filhas sabem. Estou aqui desde quando começou a tal quarentena, estou aqui. Vocês têm noção do que é viver dentro de um lugar que você não sai por respeito enquanto isso gente tá em festa? Gente, se conscientiza enquanto não morrer alguém da família de vocês. Não chore pelo leite derramado, que ele vai ser tarde.

— Para e pensa, é o apelo de uma pessoa que quer ter uma vida normal e não tem há quatro meses. Festa do meu filho eu não fiz, nem ele entendeu até hoje. Tenho que conviver com isso. O meu filho pede para sair, ‘mamãe, não pode’. Meu filho não tá lidando com o covid. Então, gente, ó, pensa enquanto é cedo para evitar mais mortes. Mas desde já, sou uma pessoa que não fala em rede sociais. Um beijo e para um pouqui­nho só, bem pequenininho e pensa em tudo que eu tô falando para vocês, tá bom? Um beijo pra vocês, tchau tchau.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas