18 de maio | 2008

Psicóloga imagina que acusado cometeu crime por estar drogado

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 Na opinião da psicóloga Rejane Bronhara Puttini o acusado de ter matado o casal na noite da quinta-feira, dia oito, pode ter praticado o crime porque estaria sob o efeito de drogas ilícitas. "No caso específico, parece que estava drogado, pelos comentários, mas na hora da fúria a pessoa fica cega e toma atitudes que não têm volta", acrescentou.

A psicóloga conta o que o acusado afirmou na filmagem em que aparece confessando o crime, que o homem gritou e ele atingiu com a marreta e que a mulher começou a gritar e para abafar e evitar que fosse descoberto, continuou a agressão: "mas nada justifica".

O fato do acusado estar gozando do benefício da saída temporária pode ter sido um fator que pelo menos facilitou a prática dos homicídios. "Se ele estivesse na prisão, talvez não existisse esse crime. Sabemos que nos períodos que têm o benefício aumenta muito os crimes não só na cidade de Olímpia", avaliou.

Embora não preceitue que o sistema seja mal administrado, opina que o critério do bom comportamento deixa a desejar para definir a saída de um condenado para passar alguns dias com os familiares e até amigos, até em razão dos crimes pelos quais foi condenado e mesmo assim foi beneficiado.

"A partir do momento que a pessoa sai a gente não sabe o que ela é capaz de fazer. Vai voltar para o meio dela e se esse meio favorecer e ela não estiver pronta para dizer um não, vai cometer um outro delito.

Estudo psicológico

Por isso, entende que ter uma verificação por profissional de psicologia, através de testes, observações e conversas junto com a família para ver como está a pessoa dentro do próprio presídio. "Se tiver uma seleção rigorosa com acompanhamento, acho que tem aqueles que até merecem", reforçou.

Por outro lado, faz um alerta que, embora ainda pequena, a cidade de Olímpia já não é tão calma como antes. Quer dizer, a pessoa está só numa chácara que pode ser invadida e acabar sendo vítima.

Cuidados são muitos que Rejane orienta, principalmente às pessoas de mais idade que tenham, quando recebem a visita de alguma pessoa desconhecida. "Temos escutado falar que invadem casas de pessoas mais velhas para pegar algum bem e vejo isso com grande preocupação", afirma.

Rejane pede que as pessoas tenham mais cuidados e não abram a porta de casa a qualquer pessoa, como já ocorreu em alguns casos que chegaram falando que arrumariam o fogão e aproveitaram para roubar o dinheiro do dono da casa. "Que houvesse uma ronda policial mais ativa nesses lugares", afirma.

No entanto, ressalta que é contra qualquer movimento no sentido de promover justiça com as próprias mãos e mesmo à instituição da pena de morte. "Se as pessoas que cometem crimes fossem realmente presas e punidas, mas a gente sabe que tem pessoas que são presas sem ter feito nada, porque o nome é parecido e o CPF é igual, sou contra", finaliza.

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