04 de março | 2007

Relógio da igreja de S. Benedito está parado há três anos

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 O relógio da igreja do bairro São Benedito, conhecido popularmente por "Pito Aceso", está parado há praticamente três anos. A informação é do aposentado Antônio De Nadai, que foi coordenador da comunidade pelo período de 10 anos e que participou ativamente da construção do templo.

O problema, segundo explicou, é que o relógio não está marcando as horas com a precisão necessária e adiantando bastante: "acerta agora hora x e daqui duas horas ele adianta duas horas. Então ninguém conseguiu colocar ele no lugar", contou.

Mesmo concluído em 1965 – o templo começou a ser construído em 1958, portanto há cerca de 49 anos – somente depois de vários anos e depois de algumas reformas no edifício, passou a contar com o relógio em sua torre.

"Ele foi colocado depois, quando o coordenador era o Sr. Baltazar Antunes, já falecido. Uma turma de Jaboticabal que construiu. Ele (relógio) trabalhou muitos anos e depois deu problemas. Ele trabalhava, mas não batia!", explicou.

De acordo com De Nadai, a situação complicou ainda mais depois que surgiu uma pessoa na cidade dando dicas de como arrumar o relógio.

"Nossa intenção era de fazer ele bater e não mexer no relógio. Infelizmente ele mexeu no relógio! Então ele voltou a dar problema e ninguém conseguiu colocar ele em funcionamento", informou.

Relógio novo

Porém, a intenção agora é conseguir pôr um relógio novo na torre. Para tanto, a comunidade já foi em busca de solução. "Porque o relógio, parece que não, mas faz muita falta para o pessoal, todo mundo reclama da falta dele, mas a situação financeira está complicada no momento", acrescentou.

A disponibilidade financeira da comunidade, segundo Antônio De Nadai, embora não seja considerada boa, está sendo aplicada em outras necessidades: "mas nossa intenção, o mais breve possível, é trazer um relógio e colocar lá", reforçou. O custo do novo relógio, segundo contou do que já foi apurado há aproximadamente dois anos atrás, é de cerca de quatro mil reais. A máquina do relógio avariado é nacional, construída em Jaboticabal: "pela firma do Zóca, que quando era vivo vinha sempre dar uma olhada. Ele olhava aqui, ele olhava o da Nossa Senhora Aparecida".

O relógio é de tamanho grande e além das engrenagens para marcar horas tem outra máquina que gera os badalos nas horas. Quando marca a hora cheia, principalmente, ligava o amplificador para marcar.

Ainda de acordo com De Nadai, a máquina necessita de corda mecânica semanal: "Hoje é sexta-feira e depois tinha que dar corda na quinta e depois na quarta, sempre num dia anterior", conta Antônio.

Pito Aceso – Antônio explica que o apelido Pito Aceso aconteceu porque na época o bairro não tinha iluminação e o pessoal se reunia nas esquinas e a maior parte fumava no cachimbo: "ou no pito, como se chamava e todo mundo acendia o pito e o pessoal de longe os via acesos e todos falavam assim: Você vai no bairro do Pito Aceso? Você mora no bairro do Pito Aceso? Então o apelido pegou por aí".

 

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