01 de janeiro | 2007

Santa Casa interna um a cada dois dias por câncer

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Um levantamento do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS), que chegou nesta semana à editoria desta Folha, mostra que a Santa Casa de Olímpia, a partir do ano 2000 até outubro deste ano, internou um paciente com algum tipo de câncer a cada dois dias.

Neste período, em que foram 1.213 internações hospitalares para tratamento, as maiores incidências foram de cânceres malignos de mama e útero, que, juntos, totalizaram 255 casos, o que representa cerca de 21% destes pacientes.

No entanto, até mesmo porque o levantamento não mostra número por cidades e a Santa Casa recebe pacientes dos outros cinco municípios da microrregião, não se pode afirmar que este universo representa a realidade do município de Olímpia.

Porém, mesmo assim reforça a tese de que a Secretaria Municipal de Saúde desconheceria a realidade da doença em Olímpia, mesmo porque, este levantamento não faz referência aos casos em que há internações diretas para tratamento no Hospital do Câncer de Barretos.

De acordo com as informações divulgadas à imprensa local na semana passada, na qual constam somente a quantidade de óbitos registrada pela secretaria, sem nenhuma outra informação adicional, apenas 18% dos casos teriam recebido acompanhamento direto.

Os outros 82% seriam casos tratados por médicos, através das internações na Santa Casa, que não teriam um acompanhamento severo da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com as informações, neste ano foram registrados 29 óbitos contra 161 internações hospitalares.

Outro dado que chama atenção são os casos de cânceres malignos intestinais, que somam 60 desde janeiro de 2000 até outubro deste ano.

Os casos também malignos envolvendo o aparelho digestivo, a partir da boca e faringe, também chamaram a atenção.

Estes somam 95 casos, ou seja, 7,8% do total do período de sete anos. No entanto, há ainda os casos benignos que acabam ficando em segundo plano em razão da inexistência de riscos de morte do paciente.

Diminuição

Por outro lado, os dois casos que aparecem com maior incidência – cânceres de mama e útero – principal no segundo, a diminuição é bastante sensível, segundo pode se avaliar a partir do ano de 2002, principalmente.

Os cânceres malignos de úteros no ano de 2000, por exemplo, totalizaram 40 casos, subindo para 47 deles no ano de 2001. Porém, em 2002 caiu para apenas 12 internações, diminuindo para cinco já em 2003. Nos anos seguintes foram: 2004 (4); 2005 (7); e 2006 até outubro (5).

Já as internações por cânceres de mama tiveram oscilações muito próximas no período que consta no levantamento, sendo a maior incidência no ano de 2004, com 28 casos. Em 2000 foram 16; 2001 (22); 2002 (17); 2003 (11); 2004 (28); 2005 (25); 2006, até outubro, 16 internações.

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