11 de janeiro | 2009

Sant’anna tinha amor pelos grupos e respeitava tradição

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 Na opinião do comerciante Adelis Paula dos Santos (foto), capitão do Terno de Moçambique São Benedito, que participou de Festivais do Folclore desde o primeiro evento, o professor José Sant’anna tinha amor pelos grupos folclóricos e respeitava a tradição de cada um deles. “Nós fundamos a festa junto com o professor Sant’anna, igual a ele não tem outro aqui, para essa festa não tem outro e não vai ter. O Sant’anna foi o melhor e igual não vai ter mesmo”, assevera.

Santos conta que o professor tinha amor aos grupos: “Ele liderava os grupos e considerava e respeitava a tradição. Fazia esforços para manter (os grupos). Ele escafucava em qualquer canto, mas conseguia as fantasias e os instrumentos que o grupo precisava. Ele nunca recusou”.

Porém, conta também que depois da morte do professor, “entraram certas pessoas que no ano de fazer a roupa, recusaram e deixou o nosso grupo de fora. Acho que o Célio, nesses dois anos que esteve lá, nos anos passado e retrasado, deu muita atenção e tudo o que o grupo precisou ele trouxe. Ele fez o papel quase do Sant’nna. Não fez igual, mas quase substituiu. Teve outras pessoas no meio dele, igual a essa Cidinha Manzoli, ela tirou e deixou o nosso grupo fora por seis anos por motivo de roupas”.

Para Santos será difícil cumprir os princípios propostos pelo professor Sant’ana: “Eles tem vontade de seguir, mas não dão conta não. Acho que igual ao professor não tem não”. Por isso, afirma que o festival mudou muito: “está tomando outro rumo e outra direção”.

“O gosto do Sant’anna era ver os grupos autênticos, nascidos de raiz mesmo, a pessoa que aprende tocar por ouvido e canta verso improvisado, não coisa formada por balet. O folclore hoje está virando uma coisa feita por escola. O folclore que conheço é aquela pessoa que aprende a tocar sozinho, tocar de ouvido, canta verso improvisado, isso aí que é o folclore, não essas coisa que a gente vê hoje”, reclama.

Santos conta que participou de vários grupos. Nos primeiros festivais, por exemplo, participava com a Dança de Chula e a Companhia de Reis Santos “que a gente vem desde o primeiro ano”. Somente depois foi que surgiu o Terno de Moçambique São Benedito.

Moçambique
“O grupo Moçambique não esteve em duas ou três festas no começo. Depois que nós falamos que tínhamos conhecimento do Moçambique, ele quis transformar aqui em Olímpia. Eu represento também a recomendação das almas aqui em Olímpia”, conta Santos.

“Só tenho o sentimento, que as pessoas que eles põem para tomar conta do Folclore (festival). O Célio estava bom para nós e deu atenção nesses dois anos. Agora essa mulher que eles vão por esse ano não sei. Acho que o meu grupo vai ficar até fora, porque ela já nos largou fora por seis anos. Acho que, infelizmente, vamos ficar fora outra vez”, voltou a se queixar.

 
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