Um vingador ainda não identificado pela polícia jogou álcool e ateou fogo no travesti A. S. S, de 17 anos de idade, conhecido por Kerlin, deixando a vítima com cerca de 80% do corpo queimado. O crime foi praticado às 2h25 da madrugada da terça-feira, dia 30, quando os dois saíram para fazer um programa.

Segundo consta na Polícia Militar, a própria vítima relatou que estava no ponto de ônibus em frente a um posto de gasolina na avenida Governador Dr. Adhemar Pereira de Barros, quando foi abordado para fazer um programa amoroso.

Inicialmente, segundo a vítima teria relatado, um Gol, cor preta, se aproximou com quatro ocupantes, mas ele se negou a sair com as pessoas. Porém, um dos elementos que estavam no carro voltou de motocicleta e eles saíram até um terreno baldio. No local o elemento perguntou se ele não era a ‘bicha’ que entregou as meninas que estão presas na cadeia pública de Severínia.

Kerlin teria negado ser o autor da denúncia, mas mesmo assim o elemento jogou álcool e ateou fogo em seu corpo. Com queimaduras de 2.º e 3.º grau, ele foi socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiros até à Santa Casa de Olímpia, de onde, devido à gravidade das queimaduras, foi transferido para a Ala de Queimados do Hospital Padre Albino, em Catanduva.

Motivo
O motivo do crime, segundo o próprio relato da vítima, seria uma vingança por causa do flagrante de um assalto inusitado, que foi registrado na Delegacia de Polícia de Olímpia, no início da manhã do dia 14 de novembro.

Na ocasião foram detidos André Ribeiro, vulgo “Luana”, de 25 anos de idade, que reside em Guaraci e Renato Carvalho Moreira, vulgo “Nicole”, de 21 anos de idade, que reside em Olímpia.

A dupla está sendo acusada de prática de roubo contra o lavrador Nivaldo Borges Queiroz, que reside no Jardim São José, levando R$ 50 que tinha na carteira. No momento, segundo consta, ele fazia um programa amoroso com a Kerlin, num local ermo da rua Caiapó, número 161, Jardim São Francisco, Olímpia.

O lavrador foi agredido a socos e pontapés e teve as roupas rasgadas. Ele foi defendido pelo seu companheiro de sexo. Segundo consta, Luana tem passagem pela polícia por tráfico de entorpecentes. Aos policiais os dois alegaram que usariam o dinheiro para a compra de drogas.