31 de agosto | 2014

A dança das cadeiras ou … tudo muda para continuar do mesmo jeito?

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Do Conselho Editorial

O governo de Eugênio José Zuliani ao que tudo indica entrou no Triângulo das Bermudas.

Paradinha, senão perde a graça, para os que não sabem o significado do triângulo das bermudas, uma busca no google e um colar e copiar seguindo uma releitura das explicações contidas na rede mundial de computadores para facilitar o entendimento do raciocínio.

O Triângulo das Bermudas é uma enorme área de oceano entre o estado da Flórida, nos EUA, Porto Rico e as ilhas Bermudas.

Ao longo dos últimos séculos, acredita-se que dúzias de navios e aviões desapareceram sob circunstâncias misteriosas na área, rendendo a ela assim o apelido de “Triângulo do Diabo”.

Muita gente já foi além e chegou a especular que é uma área de atividade extraterrestre, ou que há alguma causa natural científica bizarra para a região ser tão perigosa; mas o mais provável é que é simplesmente uma área em que pessoas experienciaram azar e a ideia de ser um “vórtice da destruição” não é mais real do que o Pé-Grande ou o Monstro do Lago Ness.

Mitos que o leitor pode dar uma busca no Google e compreenderá facilmente a presença da citação deles no texto.

A reputação ruim do Triângulo das Bermudas começou com Cristóvão Colombo. De acordo com seus registros, em 8 de outubro de 1492, Colombo olhou para a sua bússola e percebeu que ela apresentava leituras estranhas.

Ele não alertou sua tripulação inicialmente, já que ter uma bússola que não apontava para o norte poderia fazer com que a tripulação entrasse em pânico. Foi uma boa decisão, considerando que três dias depois Colombo avistou uma luz estranha, e isso fez a tripulação ameaçar voltar à Espanha.

Um bom lugar para interromper as explicações e voltar para a dança das cadeiras em Olímpia.

Eugênio José está, ao que tudo indica, vivendo seu inferno astral, a sociedade se mobilizando indo as ruas por conta de sua incapacidade de administrar a Saúde, o aumento do IPTU, aumento de passagens de ônibus, água, abandono da cidade e outras mazelas oriundas do desgaste que o tempo e a acomodação fixaram na sua administração.

Não bastassem os enfrentamentos do dia a dia que obriga a matar um leão por dia, as tropas leais ao seu governo começaram a dar mostras da intenção de se rebelar.

A preferência de Eugênio pela candidatura do atual presidente da Câmara, Humberto José Puttini, nas próximas eleições municipais é bastante frequentadora das rodas de conversas dos entendedores da política local.

Junto com as conversas a constatação da possível fritura vagarosa do vice-prefeito Gustavo Pimenta que também pretende disputar o cargo majoritário na próxima eleição.

Tudo certo até ai, como parece coisa comum nestas histórias elas seriam empurradas com a barriga até o ano que vem, quando se delimitaria quem está a favor ou contra o governo, de verdade, ou por pura encenação para se cacifar para a disputa eleitoral.

Até lá é só jogo de cena para garantir os cargos dos apadrinhados, os cabos eleitorais pagos pela máquina pública.

No entanto, não há bem que sempre dure nem mal que nunca termine, entrando no Triângulo do Diabo, Geninho ao que tudo permite vislumbrar perdeu o norte de seu governo e viu começar afundar sua base de sustentação em uma área onde dificilmente será possível recuperar os destroços.

Irá sobrar, intacta, a caixa preta, e a fala “descompensada” de José Rizzati alertando para o fato de o orçamento ser muito alto no município e insuficiente para manter serviços básicos como o de saúde, e comparar com o minguado orçamento do seu governo como se fora um cobertor curto que aquecia a maioria e o de Geninho, embora longo, deixa a maioria no frio, mostra uma ponta do que pode estar por vir.

Embora a entrevista de Rizzati tenha dado a pista de que o desvio de rota tinha iniciado conduzindo a embarcação genial para o abismo que já visualizava do alto, ao que tudo indica a imposição dos candidatos de Eugênio nesta eleição, foi o que provocou o racha.

Nos bastidores o que se fala é que Eugênio queria os carros de sua base adesivados  com os candidatos de sua preferência, que até que se negue, são Rodrigo Garcia e Itamar Borges.

Houve divergências, por duas razões básicas, uma que é comportamento da idade média impor candidaturas, coisa ilegal e imoral que a maioria por aqui não observa e nem respeita.

Outra, que os grupos têm que defender os que participam de seus projetos senão não chegam onde pretende levar as suas pretensões.

Trocando em miúdo, se o grupo de Pimenta apoiar os candidatos de Geninho, nunca será prefeito de Olímpia, ou, estará endossando a candidatura de Beto.

Raciocínio simples, que pode ter deflagrado o impasse interno que culminou em muitas reuniões e mudanças que não mudarão nada, a não ser mostrar o isolamento do governo de Eugênio que indica para cargos importantes pessoas cujas qualificações, conhecimento técnico ou inserção política parecem ser diminutos, não influenciando em aumento de credibilidade de um governo que perdeu seu norte, seu sul, leste, oeste, e caminha para o desconhecido, para as profundezas que a zona do Triângulo do Diabo esconde. 

 

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