29 de setembro | 2019

A Saúde em Olímpia não anda, patina

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Do Conselho Editorial

Embora tenha dado passos que teoricamente podem passar a impressão de que houve mudanças significativas no setor de saúde, a necessidade de atendimentos médicos ou remédios pode demonstrar que esta impressão não se sustenta na realidade.

Muito embora um ou outro cidadão invoque o atendimento recebido, a receptividade generosa de um ou outro funcionário, rapidez com que seu caso foi tratado, eficiência do tratamento médico, resposta rápida na solicitação de consultas, remédios ou exames, nada disto pode ser considerado, já que a função do poder público é atender a todos indistintamente e a opinião acerca do tratamento dispensado a algumas pessoas, mesmo que não seja privilégio, não pode ser debitado na conta como saldo positivo de um setor que funciona perfeitamente bem em todos os sentidos.

Contrário a isto, deve se debitar a individualidade das pessoas, egocen­trismo, falta de bom senso, noções de solidariedade, empatia em relação as dificuldades e dor do outro.

O mundo e as dores do mundo não giram em torno do umbigo das pessoas.

O fato de alguém estar satisfeito com o atendimento recebido por si só não é base fática para se concluir que o atendimento na sua totalidade foi transformado de maneira a que todos tenham acesso aos serviços de saúde do município com a qualidade que se pleiteia.

Tendo em vista o que ocorre na maioria das cidades do país, não se pode afirmar que se tem por aqui o pior dos atendimentos, no entanto, por se tratar de um município com orçamento vultoso e com a economia voltada para o turismo, o setor fica a desejar e muito diante da demanda.

A questão da individualidade operando nas redes sociais como se o todo fosse beneficiado da mesma maneira no sistema público de saúde faz parte da cultura do levar vantagem incrustada na alma da maioria dos brasileiros que vivenciam a política egoísta do meu pirão primeiro sempre.

E, por outro lado, nas mesmas redes sociais há quem não consegue visualizar nenhum avanço no setor de saúde e reclama de tudo como se a situação fosse muitas vezes pior do que é.

Um exemplo disto é a critica a informatização do setor e o fato de funcionários estarem ligando para informar os usuários de que seus exames foram realizados e os resultados se encontram na unidade que o cidadão utiliza.

Absurdo que alguém critique melhorias desta ordem simplesmente por não ter simpatia pelo atual governo quando há tanto para se discutir e contribuir com melhorias para o setor.

Que o setor de saúde não está uma Brastemp, como se diz no jargão popular, é bastante coerente, porém admitir avanços ou melhorias é além de positivo, estimulo para que se melhore mais e mais o que está péssimo.

Há mais que se discutir para além das insignificâncias, assim como o aparelhamento político partidário do setor, as denúncias de possível constrangimento e ou assédio, possível uso da maquina em beneficio de futuras candidaturas.

Enquanto a população apenas se atentar para questões minúsculas dificilmente os governantes centrarão seus esforços no sentido de corrigir o principal, exatamente porque o que se impõe enquanto discussão é o paralelo.

Enquanto isto a Saúde em Olímpia não anda, patina.

 

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