22 de julho | 2012

As medidas punitivas do Eugênio

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DO CONSELHO EDITORIAL
Eugênio desde sempre teve a veia saltada para o disfarçado autoritarismo, o falso democrata que pousa de populista e por detrás dos panos aciona seus inúmeros contratados a peso de ouro para não fazer nada a não ser atemorizar os que consideram adversários.

Como não há DEM que sempre dure nem mal que nunca termine, no teatro da ilusão as máscaras vão caindo e mostrando a verdadeira face dos que não suportam viver com as diferenças.

Não seria diferente com Eugênio, cuja formação política é de ligação extrema ao malufismo, que conseguiu nos bastidores destroçar seu criador, do lado de quem se elegeu vereador pela primeira vez, José Rizzati, a quem contribui para tornar inelegível, por estar no momento ligado ao grupo Carneiro.

Ligação, que após o rompimento rendeu a Carneiro a inegibilidade, que entre outros contou com o voto de Hilário Ruiz, conhecido pelo escândalo dos armários, e que aqui é citado, para ilustrar, que político, só muda de rosto, que o perfil individualista e arbitrário continua o mesmo.

Em tese, Eugênio que era rizzatista, virou carneirista, e voltou a ser rizzatista; Hilário era caneirista, a quem tornou inelegível, virou anti carneirista e voltou a ser carneirista depois do tapetão.

E se incluiu Hilário na discussão para demonstrar que, no fundo, a alma malufista acaba contemplando a todos, pois o gene do autoritarismo está patente na manifestação de todos eles, nas menores e nas mínimas manifestações que os atinjam.

Quando no poder, algo no jornal que atingia o inelegível Zé Rizzati, que era tratado pela oposição carneirista da época, voava ameaças por parte do coronelzão contra o jornal.

O Carneiro que posava de republicano na oposição, nem bem sentou na cadeira da Nove de Julho, e qualquer notícia que destacasse as mazelas do seu governo, era ameaça que rondava os céus da David de Oliveira, e contava para isto com o apoio do “Democrata” Eugênio que tinha rompido com Rizzati e navegava nas águas da bajulação de Carneiro.

Há quem afirme que muito do autoritarismo de Carneiro era estimulado pela presença de Eugênio a seu lado, a apreensão dos panfletos, caso que poucos lembram, é prova disto.

Sem contar que Eugênio se postava favorável a lagoa de esgoto perto do Thermas, mudou como muda todo oportunista que percebe que pode tirar proveito da situação.

Eleito, Eugênio, depois de um período começou a mostrar através de próximos, incômodos com mídia quando divulgava notícias que no seu entendimento mostravam um lado nada positivo de suas ações nem sempre tão favoráveis a comunidade.

Destaca-se que Hilário, que demonstra ser carneirista e que ao longo do governo de Eugênio foi o vereador que mais ficou e cima do muro, também mostra incômodo com notícias que destacam seu comportamento as vezes fugaz demais para alguém que quer demonstrar que se opõe.

Chega-se a conclusão de que há uma mosca Tsé Tsé que pica esta gente e as transforma em antirrepublicanas, políticos que só aceitam opiniões que convergem com as suas, só convivem bem com repórteres cuja gulodice, sede de resolver questões de suas entranhas, questões estranhas.

Geninho, no entanto, deixando o ilustrativo iniciante do autoritarismo, O senhor dos armários de lado, está, ao que tudo indica, neste período eleitoral extrapolando nas suas tentativas de intimidar este jornal.

Ultrapassou as investidas de Rizzati, de Carneiro, de Hilário, na tentativa de amordaçar a Folha da Região; começou não saldando dívida contraída na área da Saúde pela sua não muito competente Secretária de Saúde Silvia Forti, com o possível objetivo de estrangular financeiramente o jornal;

Depois, em um crescendo que seria assustador para os que vivem distante da terra das assombrações e das mulas sem cabeças, com intimidações e ameaças diversas de medidas punitivas, chegando a atual fase de enviar além de ameaças explícitas, telegramas aos montes, que como não são oficiais, são simplesmente desconhecidos.

Entende-se o desespero de Eugênio e de seus pares que como hidrófobos invadem a rede mundial de computadores para atacar quem se posta contra a administração genial, entendemos o estágio de miserabilidade que chegou a cidade, a ausência de empregos, e a ameaça que pode representar o sete de outubro próximo.

Entender é uma coisa, aceitar é outra, esta pressão para se manter empregado, para viver de mamata às custas da viúva, pode até ser compreensível para quem não está qualificado no mercado de trabalho para ter rendimentos tão altos como consegue na administração pública.

No entanto, tentar através de ameaças que a imprensa livre deixe de manifestar seu pensamento ou tentar coibir que notícias cheguem aos leitores por conta de uma vontade de se manter no governo, que, diga-se de passagem, deixa dúvidas imensas acerca de sua capacitação administrativa, é simplesmente inconcebível.

Ao final, um recado ao Eugênio: se acaso, não estiver satisfeito com a linha editorial de mais de trinta anos deste jornal, conforme-se, a possibilidade de mudar é zero a esquerda.

Ao final, uma recomendação: tente adequar os jornais, blog e rádio servis, que se postam, por razões nebulosas, da forma como você deseja, ao jornalismo que respeita o verdadeiro jornalismo e a ética enquanto elemento propulsor da moralização da coisa pública, para que não paire neles, como paira, a sensação de que são sustentados com dinheiro público.

A Folha da Região continuará, Eugênio, a ser da forma como sempre foi, para que não pouse e nem repouse nela a suspeição de ter sido comprada, arrendada, ou que seus profissionais se vendem a preço de banana, ou defendem interesses inconfessos por uma esmola que por maior que fosse não pagaria nunca o preço inestimável do patrimônio moral que estes mais de trinta anos de jornalismo renderam ao seu editor.

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