19 de junho | 2022

Brasil pode se tornar uma Bolívia do período de Escobar ou um novo México

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“Estes foram dias de festa e de dor para o povo brasileiro.
Orem para que haja tempo para salvação”.

 

Do Conselho Editorial

Estes foram dias de festa e de dor para o povo brasileiro.

Se de um lado na quinta-feira foi comemorado o dia de Corpus Christi, que significa Corpo de Cristo, ao mesmo tempo foi revelado o encontro dos corpos de um indigenista e um jornalista brutalmente assassinados na Amazônia.

Corpus Christi é uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.

O Corpus Christi não é feriado nacional, tendo sido classificado pelo governo federal como ponto facultativo.

Isso significa que a entidade patronal é que define se os funcionários trabalham ou não nesse dia, não sendo obrigados a dar-lhes o dia de folga.

Durante esta festa são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas para a passagem da procissão onde é conduzido pelo pároco da Igreja, o Santíssimo Sacramento que é acompanhado por multidões de fiéis em cada cidade brasileira.

A tradição de enfeitar as ruas começou pela cidade de Ouro Preto em Minas Gerais.

A procissão pelas vias públicas é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.

A festa do Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de setembro de 1264.

A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, peregrino, em busca da Terra Prometida.

O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto.

Com a instituição da eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Enquanto isso, na longínqua Amazônia, depois de quase duas semanas de buscas e intensa comoção internacional, o desaparecimento do jornalista inglês Dom Philips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, na região do Vale do Javari, foi elucidado com um trágico desfecho.

Na quarta-feira 15, dois suspeitos detidos confessaram envolvimento no assassinato dos dois.

Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, e o irmão Oseney, conhecido como “dos Santos”, disseram à PF que Dom e Bruno foram executados, após terem sido flagrados pescando ilegalmente.

Os corpos teriam sido mutilados e incendiados.

Na quinta as ruas de grande parte das cidades do país, por uma destas trágicas coincidências, se alimentava do corpo do Filho de Deus assassinado na cruz pelos seus perseguidores.

Há entre as duas tragédias, a divina e a humana, uma tremenda coincidência: se Cristo morreu na cruz para salvar a humanidade Don e Bruno foram mortos, mutilados e incendiados em razão de suas lutas para salvar os indígenas da mortandade provocada pela ganância humana.

E há outra tão ou mais significativa, tanto que é o interesse dos detentores do poder daquela época.

A maior parte dos acadêmicos concorda que Jesus foi um pregador judeu da Galileia, foi batizado por João Batista e crucificado por ordem do governador romano, Pôncio Pilatos

Conclui-se que não havia por parte dos poderosos a presença do pregador na sociedade como tudo indica, pelas declarações, que não interessa aos ocupantes do poder no Brasil a presença de quem se oponha as políticas públicas do atual governo.

As declarações do Presidente da República para o caso é tão ou mais repugnante que o lavar de mãos de Pôncio Pilatos.

A impressão que passa é que o País passou a ser dominado por milicianos, bandidos, gente da pior espécie, que o que vale são gabinetes do ódio, perseguidores dos que opõe e manifestamente a favor do crime organizado.

Este caso, sem que haja uma comparação, remete ao incêndio criminoso que este jornal foi alvo por parte de um bombeiro incendiário e seu grupo apoiador, em razão do método utilizado.

Percorrendo, nas redes sociais descobre-se que o presidente da república, seus filhos e o gabinete do ódio iniciaram uma campanha brutal e nojenta para criminalizar, culpabilizar os que foram brutal e covardemente assassinados.

O mesmo ocorreu no caso do incêndio no jornal e em muitos casos ocorridos pelo país afora de relatos de perseguições e violência ocorridos após a eleição do atual presidente.

A situação é tão grave que já se começa no exterior a se considerar que este governo é tão ou mais brutal para as instituições e oposição que a ditadura militar.

Já há um temor crescente de que o Brasil dos milicianos venha a se tornar uma Bolívia do período de Escobar, ou um novo México onde é evidente o domínio do Estado pelo narcotráfico ou por forças milicianas que já determinam julgamentos com pena de morte nas periferias das grandes cidades,

Estes foram dias de festa e de dor para o povo brasileiro.Orem para que haja tempo para salvação.

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