03 de junho | 2012

Candidaturas e sordidez que se avolumam

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Do Conselho Editorial
Começou a caminhada para a definição dos nomes que irão concorrer às eleições municipais e começou a ficar difícil para que os que atuam pelo desmonte das biografias e não a demonstração de um projeto de governo, não demonstrarem suas maldosas intenções.

Como é por demais conhecido na cidade de Olímpia, e foi, inclusive, motivo de retirada de uma candidatura no último pleito, a presença dos difamadores boletins apócrifos e as ameaças de dossiês que já começam a circular enquanto rumores, principalmente pelos corredores do palácio.

As pré-candidaturas postas até o presente momento são a do atual prefeito, Eugênio José Zuliani, ao que tudo indica tendo como vice, o atual ocupante do cargo, Gustavo Pimenta; do vereador João Batista Magalhães, da ex-provedora da Santa Casa, Helena de Souza Pereira e do ex-vereador Bira da Ki-Box.

Outras candidaturas, como a de Gonzalis, que não confirmou publicamente sua intenção, foram colocadas nas rodas de discussão desde que começou a corrida para a ocupação da cadeira da Nove de Julho, nas condições de pré-candidatos a prefeito ou vice, entre eles Bijotti, Bertocco, Primo Gerolin, Beto Putini, Salata.

Como objetivamente se pretende discutir a animosidade crescente em torno dos que se dispõem a colocar seus nomes para futuras candidaturas, algumas foram abortadas por não terem deslanchado, ou por recuarem, por levarem em consideração que talvez não fosse o momento, ou motivos outros que não vêm ao caso.

Dos que restaram, no entanto, afora aqueles que quando demonstraram suas intenções foram alvos de uma verdadeira guerra de bastidores visando o desestímulo na intenção de continuar com seus projetos, os outros estão sendo ou foram alvos de pesadas injúrias, difamações ou mesmo diminuição do possível potencial de votos.

Por incrível que possa parecer, o primeiro a ser alvo de comentários que se poderiam configurar como maledicentes foi exatamente o vice Gustavo Pimenta, ao que tudo indica oriundos de companheiros próximos que visavam sua substituição na chapa futura de candidatos majoritários.

Incrível que Eugênio José, que teve imensas dificuldades na eleição passada para conseguir um vice, tendo, inclusive, convidado, ou se comentou que convidou, figuras da sociedade local que não confirmaram a aceitação do convite, entre elas, a esposa de um ex-prefeito, e a do presidente do Thermas, sem contar a ex-provedora da Santa Casa, além de ter tentado, sem sucesso, demover o candidato derrotado pelos panfletos a desistir de sua candidatura ou aceitá-lo na condição de vice.

Diante das dificuldades que se impunham no momento, se viu obrigado a pinçar fora dos quadros geralmente discutidos na política local o nome de alguém, senão desconhecido, pelo menos não discutido politicamente no rol das possibilidades de uma candidatura que poderia somar votos a sua.

No entanto, seu vice, o que foi para o sacrifício na primeira candidatura, pelo menos a princípio, pode se afirmar que até pouco tempo ardia em fogo brando na frigideira da situação e até o presente momento não se pode garantir como certa sua presença nas eleições na condição de vice, já que o principal interessado, o prefeito, até o momento não confirmou sua intenção de tê-lo novamente na condição de vice.

Outro que mesmo não tendo confirmado por si mesmo sua condição de pré-candidato, que teve nos meios de comunicação e nas redes sociais seu nome discutido de forma a colocá-lo em situação nada gloriosa e muito menos relacionada com sua bem sucedida performance nas eleições passadas, foi Gonzalis.

Sem contar que nos bastidores os rumores de que possa haver dossiês contra si, principalmente se, em lançando sua candidatura vir a representar riscos aos atuais ocupantes do trono, está crescendo.

Helena de Souza Pereira é unanimidade em termos de ataques sutis ou diretos na internet e na mídia local, provocados talvez pela longa exposição tendo em vista seu trabalho à frente da Santa Casa e a possível aceitação de sua candidatura por parte do eleitorado.

Há que se notar que Eugênio em um deslize nada polido ou elegante destacou em matéria jornalística que ela seria a candidata que disputaria consigo as eleições, o que talvez tenha elevado a temperatura e os ânimos de parte de seu grupo voltados que estão as perseguições e a manutenção de políticas menores onde se discute os indivíduos e não aquilo que cada um pode fazer de melhor para a sociedade.

João Batista Magalhães também tem sido alvo de críticas bastante ácidas por sua postura no Legislativo e outras que são encaminhadas de forma muito pessoal, que geralmente costumam ser o fio condutor das discussões dos que não têm amplitude para discutir a sociedade e a contribuição positiva ou negativa que cada um possa dar.

Bira da Ki-Box, que lançou seu nome e sua pretensão a vir ser candidato, com certeza terá sua vida pessoal e profissional discutida na mídia e nas redes sociais de forma possivelmente negativa. Neste quadro, não se pode deixar de lembrar que Eugênio José que, ao que tudo indica, se não estimula pelo menos não se posiciona contrário a estas manifestações de insignificância e mediocridade de gente ligada ao seu grupo, em contrapartida sofre o ônus de também ver seu nome envolvido de forma direta ou indireta em comentários desabonadores de sua conduta pessoal e profissional que nem sempre coadunam com a realidade.
Invencionices difamatórias de ambas as partes, situação e oposição circulam livremente pelo sistema de comunicação e a tendência é de que elas se ampliem consideravelmente à medida que afunila o prazo em que se definirão os nomes.

E sugerem as discussões até agora levadas pelos sórdidos e maus-caracteres de plantão que o período eleitoral será um varal de roupas imundas, como foi o da eleição passada, com poucas discussões que lembrassem uma corrida eleitoral e muitas situações que permitiam vislumbrar que a disputa estava sendo levada por nomes pouco ou nada recomendáveis para ocupar um cargo onde a honra e a sensatez deveriam ser palavra de ordem.

Tanto que as ranhuras provocadas pelas acusações pesam até o momento no que foi elevado a condição de primeiro mandatário, e ao que tudo indica somando as acusações antigas às novas que semeou em terreno fértil há que se concluir que não tirou lição do que vivenciou, pois tudo indica a disposição de elementos de seu grupo em transformar um momento que deveria ser cívico e moralizador da coisa pública numa guerra de ruas e de gangues.

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