26 de março | 2016

Corruptos que querem corromper para continuar corrompendo

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Do Conselho Editorial

Uma prática comum no Brasil é a do falso moralismo, do fingimento, do vender a ideia de que se é bom caráter, que se está lutando o bom combate em favor do Brasil quando não se está.

Há uma evidente tentativa de golpe no Brasil, coisa perceptível até por um rinoceronte nos momentos em que submerge para boiar.

A situação golpista desde que abriu as urnas vem tentando destroçar o governo federal e com isto destroçou a economia do país e a insistir com o golpe levará o país a uma guerra civil com resultados imprevisíveis.

Não há como negar que o partido que dá sustentação ao governo errou na sua trajetória histórica, como não há como negar que tudo indica que a maioria das pessoas ligadas ao partido e ao governo é que foi presa desde que se iniciou o combate à corrupção entre aspas que parece dirigido e com propósito de desestabilização do poder central.

Os desacertos foram muitos, porém, desde a implantação da república nunca se viu tantos poderosos presos em uma única operação, pelo contrário, o país era famoso por ter um engavetador geral da república e um presidente que comprou a sua reeleição.

Era e continua sendo o país da piada pronta tanto os absurdos que se vê por ai circulando.

Formada a comissão que irá julgar o impeachment, os jornais internacionais abrem manchetes dando conta que a maior parte dos escolhidos deveria estar na prisão e não fazendo leis.

O presidente da Câmara Eduardo Cunha é sem sombra de dúvidas a vergonha nacional, o escracho, o cinismo, a canalhice em forma de gente.

A oposição consegue ser mais absurda que os textos de Kafka por assumir publicamente que apoia o réu Eduardo Cunha na condução dos trabalhos da Câmara por entender que só ele pode conduzir o impeachment da presidente.

Também não se pode esperar muito de uma oposição envolvida até o pescoço em escândalos e que precisa desestabilizar o governo para interromper as investigações, e que é vergonhosamente comandada, entre outros, por três velhacos mentirosos que foram exilados do país, que sabem que não há o menor de sinal de comunismo no Brasil, mas, mentem descaradamente afirmando que se instalou por aqui a república bolivariana.

Tristes trópicos e triste fim de história do ex presidente e ex exilado comprador da reeleição, do ex ministro da Justiça, ex exilado e ex motorista do guerrilheiro Carlos Lamarca, e do ex Ministro da Saúde e ex exilado que venderam a alma ao diabo, ou se transformaram nele.

E se juntaram a esta gente entristecida e pobre de neurônios, os que transportam cocaína de helicóptero, os que exploram trabalho escravo, invadem terras indígenas, burlam imposto de renda, fazem descaminho, discriminam, estimulam o ódio, e a escória da mídia golpista brasileira.

Este é o cenário, basta ir ás passeatas ou olhar fotos delas para perceber que a fina flor da canalhice deseja o poder para paralisar as investigações que beiram suas portas.

O governo é bom ou ruim se perguntará o leitor e com razão, e resta responder nem tão bom quando deveria ser nem tão ruim que deva ser despojado do poder via golpismo e intenções de voltar ao tempo que não se investigava nada.

A turba ensandecida, composta por inocentes cidadãos atingidos em suas economias pela volta da inflação e de empresários com interesses escusos e políticos que fizeram deste país um sindicato de ladrões, estimulada pela mídia que vive na aba da corrupção e precisa de um golpe para ser vitaminada economicamente nas quedas frequentes de audiência e leitura, foram pras ruas gritar pelo golpe.

Ocorre que diferentemente de 1964 agora tem a internet, há outras informações e novos meios para divulgá-la e os que desejam ver respeitada a decisão das urnas foram às ruas demonstrar que não abrem mão da democracia e do direito de escolher e ver respeitada a escolha pelas instituições.

Alunos e professores das mais renomadas faculdades de direito do país protestaram, como a do Largo do São Francisco, por exemplo e isto leva à preocupação de que os fins nunca podem justificar os meios, sob pena de se instaurar o arbítrio.

E o Brasil está dividido e não há como negar as falhas governamentais, ou acobertá-las com o manto da pureza, da mesma maneira que não há como transformar este governo no inferno que ele não é por desejo dos demônios que rondam a nação desde sempre.

É preciso encontrar um caminho que pacifique a nação, um caminho que não inviabilize a continuidade das investigações, que passe verdadeiramente o país a limpo e não seja, como está sendo agora, uma perseguição jurídica a um partido para destruí-lo e apeá-lo do poder, para no seu lugar colocar velhos e conhecidos corruptos de esquemas de privataria, metrô, roubo de merenda e tantos outros.

O que o Brasil precisa é de moralidade e não de caças as bruxas, onde quem não teve direito a defesa e contraditório, e julgamento com trânsito em julgado, é tratado como culpado.

O que o Brasil não precisa é que se promova apenas uma troca de bandidos.

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