13 de janeiro | 2019

Eleições municipais: primeiros rumores acontecendo

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Do Conselho Editorial

Muito embora possa parecer cedo demais para levantar a discussão, tudo indica que as movimentações de bastidores para a próxima eleição municipal começaram a ocorrer.

Uma prática até meio comum nas eleições brasileiras é que assim que termina uma, a outra já comece a ser desenhada.

Os atores políticos começam a distanciar suas imagens daqueles personagem que entendem como tóxicos em uma futura campanha, a indicar futuros cabos eleitorais para postos governamentais assegurando desta maneira possíveis apoios a candidatura.

Em razão da assunção do presidente e de novos governadores, o caos instalado, tanto no governo central, em razão de decisões desencontradas, e nos estados, por dificuldades econômicas que inviabilizam em alguns até o comprometimento das folhas de pagamento, as discussões preparatórias para a próxima eleição estão lentas, mas circulantes nos meios políticos.

Em Olímpia, que não é uma cidade de grande porte, que um volume de pessoas tem tempo e disposição para o engajamento político, as discussões vão tomando contorno e os grupos começam a se formar em torno de alguns possíveis candidatos.

A eleição para a mesa diretora das Câmaras Municipais geralmente costuma ser o pontapé inicial da disputa que culminará na escolha dos nomes a serem lançados.

Como se concentra ali uma gama de poderes capaz de influenciar a imposição de nomes, em razão da maioria parlamentar deter a maioria das siglas partidárias e em razão disto poder endossar e lançar candidaturas, é dali que geralmente parte o pontapé inicial.

Além de que, os vereadores que geralmente se alinhavam ou eram base fictícia do prefeito e operam em outra corrente diversa da dele, começam a se afastar e marcar terreno oposto ao que até então parecia ser chapa branca, e era sem ser.

Em pouco tempo, cada um será aquilo que verdadeiramente é; máscaras cairão e outras serão adicionadas neste teatro mágico que desenvolve o pastelão se vendendo como sério quando, salvo as raras exceções, nada mais são que patéticos fornecedores de espetáculo mambembe de quinta categoria.

As personas vindo ao chão, outras assumidas e parte do eleitorado voltado aos seus interesses mesquinhos, pessoais e imediatistas, estarão ai para endossar mais do mesmo nas urnas para depois passar quatro anos se queixando da baixa qualidade da representação.

Algo não muito diferente das escolhas executivas, visto que o voto no Brasil muitas vezes é de cabresto e muitas outras vezes, corrompido.

Razão pela qual as movimentações de cargos comissionados e aqueles influenciadores pagos via caixa dois ou contratos, vão buscando suas raízes e sendo afastados de funções ou mudando a destinação de seus trabalhos e as vezes até o foco de seus discursos.

Aos poucos, todos estarão nos redutos de origem, de volta aos braços dos que lhes pagam.

Estas mudanças já começam a ser orquestradas sinalizando o início da próxima disputa.

Alguns nomes, como natural, já começam a despontar na boca do povo, outros, embora não esteja na boca da população tentam alavancar seus nomes, tentando ganhar projeção através da mídia tradicional ou das redes sociais, visando a Câmara, o cargo majoritário ou o de vice.

O que chama a atenção é a discussão em torno de possíveis nomes a serem fritados para que não emplaquem como se a democracia tivesse por caráter a candidatura única.

A pressão vai existir, como sempre houve, com o discurso de que o objetivo é evitar o mal maior, a volta do 666, da besta enfurecida ou do Tonho da Lua, nunca propostas ou desejo de mudança, sempre o inimigo, pois não há adversários, ou aquele que não podem por razões infindáveis.

A impressão que passa é que cada um quer que uma única pessoa de seu gosto particular seja eleita. Como isto, daqui até o período em que realmente se colocarão claramente quem tem chances ou não de participar da próxima disputa, a cidade irá conviver com estas discussões, o que é saudável.

Não é nem saudável nem fortalecedor das instituições republicanas os discursos de ódio, preconceito, as calúnias, difamações e injúrias que vêm sendo cometidas por participantes de grupos em relação ao inconformismo por outra escolha que não seja a que escolheu para si.

Afora este componente nada civilizatório, as discussões são necessárias e se cultivadas pela ótica do bem estar e das melhorias necessárias ao progresso da cidade, melhor ainda.

Importante notar que começaram os primeiros rumores da eleição municipal e que doravante vai se saber quem estava com quem, em que condições e como e é neste aspecto que muita hipocrisia poderá ser desnudada.

Quem sobreviver verá.

 

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