06 de outubro | 2013

Geninho contabiliza números, o povo contabiliza mortos

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Do Conselho Editorial

Enquanto Eugênio José Zuliani, o Geninho, e sua Secretária da Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, exibem orgulhosos frios números que compõem uma matemática cruel e duvidosa para os cidadãos atendidos na precária rede pública de saúde, os olhos de grande parte da população que vertem lágrimas de dor pelos mortos contabilizados.

Desde que se iniciou, infelizmente, neste espaço, a discussão sobre o número de pacientes que foram de forma duvidosa a óbito depois de passarem pela rede pública sobre o comando de Eugênio e de Silvia, este governo entra para o triste recorde de ser o que mais teve mortes suspeitas sob sua atuação desde a fundação da cidade.  

Semanas após ter sido anunciada em rede local, regional e nacional de comunicações a morte do menino Pedro Henrique, após ter peregrinado em busca de socorro pela rede pública sem ter sido detectado o mal que o acometia, veio a falecer no hospital em Catanduva, outra situação idêntica é anunciada.

Desta feita, infelizmente quem percorreu o caminho por vezes percorrido por outras almas, por outras gentes, até vir a óbito, foi o porteiro Jamil Barbosa de Castro, que após permanecer em tratamento por “problemas de coração” veio a morrer de meningite no Hospital de Base em São José do Rio Preto. 

Foi levado pra lá por conta própria pela família, cujo drama teve início uma semana antes quando foi levado a caótica UPA local com vômito e inchaço nas pernas, após eletro cardiograma foi internado na também caótica Santa Casa local.

E ai a peregrinação continuou com as mesmas desinformações do caso de Pedro Henrique e de outros, sendo que a causa real foi detectada em Rio Preto, enquanto a do menino foi em Catanduva.

Uma super bactéria aliada a incompetência gritante do sistema de saúde local levou o menino, segundo as desculpas dos gestores públicos, no caso de Jamil é preciso aguardar qual desculpa e que números irão apresentar para provar que a saúde está bem.

Uma coisa é certa, algo de anormal está acontecendo, impossível que os números estejam tão bem e a realidade esteja tão mal. Das duas uma, ou eles são fantasiosos, virtuais, como quase tudo neste governo, ou o gerenciamento é um desastre econômico sem fim, que apenas criou um sorvedouro de dinheiro público que satisfaz ao rei mais não satisfaz aos súditos.

Algo precisa ser feito, mas o caudilho, o ditador autoritário nega a incapacidade de sua Secretária a frente da situação, e nega por que sabe que ela é apenas um acessório, uma bijuteria, um penduricallho em um governo em que os comandados apenas dizem sim.

O grande culpado do caos na Saúde e na cidade é sem sombra de dúvidas o centralismo autoritário de Eugênio, e a troca de secretária apenas mudaria o sim de boca.

Por isto enquanto Eugênio vai contabilizando seus números positivistas, ao povo resta contabilizar seus mortos, e orar pra não ser o próximo.

 

 

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