11 de novembro | 2012

Geninho vai poder gastar 146 milhões no ano que vem

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Do Conselho Editorial
O prefeito Eugênio José Zuliani vai poder gastar no ano que vem a milionária cifra de R$ 146.318. 450,04 milhões, conforme o orçamento aprovado pelos vereadores na Câmara Municipal.
 

Este valor trata-se apenas de uma previsão, que, segundo os conhecedores da matéria costuma se materializar a maior no findar do ano administrativo.
 

Como todos sabem, de maneira simplista, que é o orçamento que define de que forma sua vida financeira será articulada, se irá andar de fusca ou Peugeot, se irá comer arroz feijão e ovo, ou picanha, se vai ter freezer e microondas, computador, TV de tela plana, piscina no fundo do quintal ou se irá se banhar nas águas poluídas do Rio Cachoeirinha.
 

Sim, as finanças no mundo capitalistas determinam tudo, do cigarro estoura peito a cigarrilha ou charuto cubano, da pinga ao wiski ou Veuve Clicquot, da cerveja Cristal a Eineken, até a água que vai da Perrot, passando pela Ibirá e culminando na torneiral, e para alguns as que escorrem nas valas deste mundo afora.
 

O dinheiro define até a forma de se comunicar entre as pessoas, que vai da fumaça ao tambor, do peito aberto, do pulmão pleno, do celular ao computador, se não tiver dinheiro tem que se comunicar no olho a olho.
 

Tudo é, infelizmente, definido pelo deus dinheiro, assim sendo, as pessoas moram em barracos ou em mansões, pescam de iates ou na beira do barranco dependendo do que tem ou não tem no bolso.
 

Neste aspecto as questões econômicas que envolvem as cidades também passam pelo que está disponibilizado no caixa do Executivo.
 

As questões de ordem social serão resolvidas ou ficarão pendentes dependendo do orçamento que a cidade dispuser.
 

Olímpia, no próximo ano, como puderam observar, terá a disposição do prefeito reeleito, Eugênio José Zuliani, a cifra gigantesca de R$ 146.318,450,04 milhões, e os leitores devem estar se perguntando o porquê da insistência em que a cifra é astronômica.
 

Ao final do texto com certeza estarão com a mente clareada sobre esta dúvida que agora os acomete, que não elucidamos no início senão seria como contar de que forma culminarão o bandido e o mocinho no filme de cowboy.
 

Se bem que aqui não há mocinhos nem bandidos, nem que porventura ambos possam ser identificados por força exatamente da ordem universal em que estão dispostas as relações humanas que se baseiam exatamente no jogo dualista do maniqueísmo, a eterna luta entre o bem e o mal.
 

Dando continuidade na explanação teórica sobre orçamento municipal, onde já vimos que o gestor público igual ao provedor ou provedora de um lar só pode gastar aquilo que está proposto em sua renda mensal, no caso do Executivo no orçamento anual.
 

Recordando, Olímpia arrecadará em 2013 a astronômica soma de R$ 146.318.450,00 milhões.
 

Para compararmos se Olímpia está ou não prestando um serviço condizente com sua população foi vasculhada na internet outras cidades e outras arrecadações para que o leitor, o povo, possa por si só tirar suas conclusões.
 

Noticia dá conta de que o prefeito eleito busca verbas para governar Macapá, cujo orçamento anual é de R$ 500 milhões.
 

Os dados de 2012 do IBGE revelam que a população da cidade é de 415 554 habitantes, sendo a 53º cidade mais populosa do Brasil.
 

Os vereadores da Câmara Municipal de Macapá aprovaram o Projeto de Lei que estima a receita e fixa a despesa de Macapá em 2012.  O orçamento previsto de R$ 502.017.618 é 6% maior que o deste ano.
 

Como vocês puderam observar Macapá tem uma população quase dez vezes maior que a de Olímpia, repetimos 415 554 mil habitantes e um orçamento só três vezes e um pouquinho mais, maior que Olímpia.
 

Para afirmarem que o vôo foi longe demais, por que não dar uma voltinha no entorno de Olímpia para comparar se a destinação do dinheiro público local está sendo da maneira, que você leitor entende como a mais correta, a decisão vai ser sua, o jornal só levantou os dados.
 

No dia 28 de setembro foi protocolado na Câmara de Vereadores, o Orçamento 2013 de Bebedouro.
 

A peça orçamentária prevê receitas e despesas da ordem de R$ 188.130.000,00.
 

Bebedouro tinha, em 2010, exatamente 75.044 habitantes, uma população cerca de apenas 0,3% maior em relação ao último Censo Demográfico, realizado no ano 2000, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
 

Já nossa Olímpia, um município brasileiro do Estado de São Paulo, localizado a uma latitude 20º44’14" sul e a uma longitude 48º54’53" oeste, estando a uma altitude de 506 metros. Tem população de 50.024 habitantes e área de 802.7 km² (IBGE/2010).
 

Olímpia tem, segundo o informe, 25,020 mil habitantes a menos que Bebedouro e Macapá tem 365.530 mil habitantes a mais que Olímpia, que tem o orçamento de 146.318.450.04, Bebedouro de R$ 188.130.000,00 e Macapá R$ 502.017.618
 

Um jornal local noticiou que “no primeiro ano de sua gestão, Geninho teve aprovado pouco mais de R$ 76,7 milhões e agora são R$ 146,318 milhões; em relação a 2012, diferença é de 21,7%.
 

Continua a matéria “O Orçamento geral do município para o ano de 2013, que já está na Câmara e teve o primeiro debate ontem, quarta-feira, à tarde, na Câmara Municipal, em sessão técnica, será de R$ 146.318.450,04, quase 100% (90,6%) maior que aquele do primeiro ano da primeira gestão do prefeito Geninho (DEM), quando recebeu, da gestão anterior, R$ 76.772.373,13”.
 

Portanto, está ai a informação e, se correta, e se aplicado de forma séria os orçamentos conhecidos e divulgados, pode se chegar a conclusão de que a população de Bebedouro e de Macapá, se o sistema capitalista for mesmo movido pelo dinheiro que se tem no bolso ou no caixa, estão passando por muitas dificuldades, principalmente na área de Saúde.
 

Se aqui com esta grana não se consegue resolver problemas cruciais nesta área, lá com o orçamento curto deve faltar tudo.
 

Leitores, se permitam a reflexão, e concluam por si só, e se o problema for lá, é hora de se mobilizar para fazer uma campanha para auxiliá-los, e se for por aqui, não parece haver muito a fazer a não ser orar para não ficar doente, por que a questão pode não ser de falta de dinheiro e sim de má gestão do mesmo.
 

O que pode significar que o que está doente é o sistema que se mostra incapaz de administrar mesmo com o principal, que é o financeiro, resolvido de maneira a poder oferecer serviço de melhor qualidade e não consegue, por falta de competência ou vontade política.
 

A questão está posta, resta a você leitor diante da discussão concluir se o problema está lá ou cá, se há ou não problema, e se for o caso de concluir que a situação daqui poderia ter outras alternativas, cobrar do poder público menos gasto com o supérfluo e mais atenção ao que é primordial.

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