25 de janeiro | 2015

Governo decadente, cidade abandonada

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Do Conselho Editorial

Esta semana, este jornal percorreu as praças da cidade e registrou o que está visível, claro e patente na cidade de Olímpia, o estado de total abandono.

Por se tratar de período de férias, por ser a cidade turística, isto deveria preocupar as autoridades legislativas e executivas, o comércio em geral, e os que se dedicam ao turismo.

Não se pode, de maneira alguma, chegar à conclusão de que o turista tenha saído nestas férias de Olímpia com a sensação de que a cidade, não o Parque Aquático, faz jus a fama que desfruta em razão do Thermas dos Laranjais.

Se colocado o Thermas dos Laranjais a questão fica bem mais complicada, muitos turistas não conseguem compreender como uma cidade com aspecto de perdida no século passado pode abrigar um parque tão moderno e com tantas opções de lazer.

Chega a ser uma contradição a comparação entre as duas coisas: parque avançado no tempo e no espaço e cidade estacionada em outro tempo, como se ambos não estivessem sintonizados entre si, como não estão.

O governo de Eugênio trouxe melhorias significativas para o aspecto urbano de Olím­pia e fez crer a alguns que a cidade teria um salto de qualidade e seria in­serida na modernidade, só isto, não foi além.

Há uma letargia, uma paralisação, exatamente no momento em que teria de haver uma grande reação por conta do desastre econômico que se anuncia e já bate a porta do comércio local.

Não é necessário lembrar que a segunda opção econômica de Olímpia é a relacionada com a produção de álcool e açúcar derivados da cana, setor que no momento sofre com a baixa dos preços e conta com várias usinas sofrendo dificuldades econômicas na região.

Se a usina presente no município tem fôlego e estrutura para resistir à crise que possivelmente irá se ampliar, segundo as previsões de respeitados economistas, muito melhor, porém é preciso notar, que como a maioria, possivelmente irá cortar na carne visando superar as dificuldades que irão se impor em breve.

Restaria o turismo para se trabalhar a economia local, e isto foi expressado em editorial da semana passada, no entanto, percebe-se que o poder público pouco se esforça para que o setor, no que toca as obrigações dos gestores públicos, seja atendido com certa celeridade neste período de férias.

Não é a intenção passar lições administrativas para os detentores do poder, mas já passa e muito do tempo em que os homens investidos do poder público na cidade deveriam ter sentado e se orientado no sentido de que este período, e outros de férias e feriados, a cidade vai estar lotada e que deveria ser um cartão postal para os visitantes para que eles levassem uma boa impressão do nosso município.

Possivelmente os ditadores de plantão devem estar lendo e desejando mais uma vez o apontamento da solução que é tão simples e que eles não vislumbram, por despreparo, má vontade, preguiça, omissão.

O calendário de férias e feriados não muda, a máquina pública em Olímpia é vergonhosamente super inchada com apadrinhados e comis­sionados, sendo poucas as cidades do porte de Olímpia com tantos funcionários públicos.

Organiza-se o calendário de férias e de feriados e antes que as férias e os feriados aconteçam, monta-se uma força tarefa para transformar a cidade em algo elogiável e não neste retrato do abandono.

Simples assim, a Saúde concentra um número de médicos e funcionários para focar neste atendimento e no atendimento à população local.

 O setor de Turismo cuida para que o centro de atendimento do Turista tenha pessoas qualificadas e material de orientação para os turistas, curso pra todo mundo, Museu do Folclore limpo, arrumado, pessoas que saibam do que trata o que lá está dis­po­nibi­lizado, Recinto do Folclore limpo e funcionando com atrações no período.

Secretaria de Cultura fazendo o cadastro de artistas da cidade que não existe, exibindo mostras, trazendo shows, teatros, promovendo ofi­cinas, cursos, recuperando o cinema.

Por que não tentar uma parceria entre prefeitura, artistas, pousadas, restaurantes para promover shows de música ao vivo com artistas locais, exposições de quadros, artesanato, tirar o ar de cemitério das noites locais nos períodos de férias.

Sim, que é importante cuidar dos caminhos que elevam a pousadas, parecem estradas do abandono as ruas que levam a certas pousadas; atender, pelo menos minimamente as solicitações dos comerciantes da área de turismo; criar nesta força tarefa, um segmento de ouvidoria para tratar diretamente com os interessados e intermediar soluções que sejam colaborativas para alavancar o progresso local.

Gente não falta, a máquina pública local está super inchada, dinheiro também não deveria faltar, a arrecadação é uma das maiores da região considerado o número de habitantes, só falta vontade política, e faltando esta, falta tudo.

 

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