17 de maio | 2015

Nada feito e tudo indica que nada será feito

Compartilhe:

Do Conselho Editorial

Ao que tudo indica os setores mais retrógrados da política olimpiense estacionados no poder já se movimentam para as mesmas práticas de sempre visando sua manutenção no poder por mais quatro anos.

De um lado um monte de cabo eleitoral contratado em cargos de comissão e de assessores parlamentares e do outro os vários candidatos ligados a máquina pública fazendo de tudo para protelar suas idas para o anonimato.

Entre eles, há uma disputa de bastidores onde nem em sonho se discute a prosperidade e o futuro da cidade, e sim a continuidade nos cargos que ocupam e a divisão da cidade em capitanias hereditárias onde cada um explora como na monarquia os lucros advindos da partilha dos impostos pagos pelos cidadãos, entre si.

Não se está falando aqui de expropriação do bem público de forma ilegal, de maneira alguma, está se falando aqui de subterfúgios utilizados pelos políticos em suas promessas e que são moralmente condenáveis.

Empregos ou promessas de possibilidade de contratação com o bem público, mãozinha em concursos, indicação para cargos, benfeitorias no bairro visando valorizar o imóvel do cidadão, sem contar as indicações a secretários para quebrar galhos disto ou daquilo, e por final a aconchegante e agradável companhia de políticos que se acham sempre acima de qualquer suspeita.

O que interessa nunca é discutido, e ao que tudo indica, pelo correr da carruagem, continuará não sendo.

Já se percebe pelos jornais e mídia ligadas ao poder público, pela movimentação, que a intenção é conduzir o eleitorado a mais um estelionato eleitoral.

O mundo olimpiense começou a ser pintado de rosa novamente, as guias e sarjetas que se preparem. Os jornaizinhos e jornalões estamparão toda semana novas promessas de significativas mudanças no município.

Tudo no virtual voltará a ser ótimo como nunca foi e nunca será, haverá uma avalanche de acontecimentos que induzirá o eleitor a acreditar que agora a coisa vai, e vai mesmo, que o precipício econômico que nos ronda não existe e que a onda negativa e pessimista é fruto da imaginação da imprensa marrom.

Olímpia será a partir de agora como em um passe de mágica algo isolado do mundo em crise, tudo será maravilhoso e belo.

As empresas só irão demitir pessoas depois do trevo da nossa cidade, aqui haverá emprego pleno, a bolsa imobiliária não existe, é  na opinião dos políticos locais, fruto da imaginação fértil de adoentados pessimistas.

Mesmo que a frequência dos turistas diminua como parece ter diminuído, o fato será relativizado e computado a baixa temporada, período em que esta situação é normal, e se anunciará a vinda de não se sabe quantos ônibus, com não se sabe quantos turistas cada um, sem, lógico se atentar que o número seria suficiente para ocupar tipo dez por cento da capacidade hoteleira local.

Virão indústrias, mesmo que se fechem todas as do país, e o parque industrial será motivo de amplas discussões e ampliação visto o número de empresários interessados em aqui se instalar.

As demissões levadas a efeito pelos empresários locais, e indústrias, setor hoteleiro ou ligado ao turismo, como vêm ocorrendo atualmente serão tratadas como situações minúsculas e que não refletirão na nossa economia por conta da grande explosão que o poder público estará promovendo através de sua mídia.

Chega a ser desconfortável avaliar que enquanto o país entra em recessão plena com reflexos danosos ao emprego e a renda, que os municípios venham a ter diminuídas as suas receitas que Olímpia, por conta das eleições passe a exibir como em eleições passadas números tão contraditórios com a realidade.

Será assim ou mais ou menos assim, ou pior que assim, anotem.

O dinheiro público utilizado em marketing com jornais e rádios, como na última eleição, será ampliado privilegiando o candidato preferido do poder.

Os jornalistas atrelados ao Palácio das luzes do Imperador Genioso serão deslocados para órgãos de imprensa para fazer a defesa intransigente do que está patrão e para a defesa do país das maravilhas.

O que deveria ser discutido, com seriedade, como não foi ao longo dos últimos anos, também não será desta vez.

Se resistir até o dia da eleição a surreal realidade que tentam impingir, pode ser que se eleja o apontado pelo atual governo, e o município volte ao mesmo patamar de abandono que se encontra hoje, para despertar um ano e meio antes das eleições municipais, como agora, da outra vez, da outra vez, da outra vez, como sempre.       

E a cidade continuará com estas repetições dos fatos, sempre convivendo com o eterno nada feito e tudo indicando que nada será feito, a não ser as eternas promessas de um mundo cor de rosa nos anos que antecedem as eleições.

 

 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas