12 de fevereiro | 2017

O aeroporto do Geninho foi mais uma viagem da irrealidade?

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Do Conselho Editorial
Geninho tinha fama de ousado, simplesmente por que alguns confundem visão faraônica e ousadia.

O administrador do dinheiro público não pode, ou não deveria poder, co­mo aos tempos dos faraós, porque entendeu que deveria construir um templo para ser louvado de forma eterna, construir.

Eugênio no seu templo de desmando e de irres­ponsabilidades administrativas não tentou construir nenhum templo, con­trário a isto, enfrentou e­normes dificuldades para entregar obras bem mais simples.

Pululam pelas ruas e pra­ças obras inacabadas que, pelo tamanho e volume irrisório do investi­men­­to, ao se levar em consideração o alto orçamento do município, chega a ser vergonhoso tratar co­mo administrador alguém que começou e não terminou trabalhos sem volume que justifiquem estar a trazer incômodos ao contribuinte.

Mais que isto, obras cu­jos projetos têm vindo à to­na a informação, não e­ram contemplados com a necessária eficiência, faltando conteúdos técnicos necessários a sua continuidade, ou a aprovação de em­­­préstimos por parte do governo estadual ou federal.

Optou por obras cujos custos, ao que tudo indica, se sobrepunham a necessidade e aos valores de mercado.

Exemplos claros destes desacordos são as obras paralisadas da Avenida Aurora Forti Neves, em que pesem as justificativas relacionadas a dificuldades no tocante a impedimentos relacionados a verbas oriundas do estado e da união, ou do não cum­primento de algumas exigências por parte do governo municipal, escanca­ra a incapacidade administrativa que tomou conta da cidade por oito anos.

A Estação de Tratamento de Água e a de Tratamento de Esgoto paralisadas não só sinalizam a incompetência do poder público que deixou o poder como deixa para trás uma discussão sobre equipamentos deteriorados ou abandonados por um período que se pode considerar longo e que aponta para a possível inutiliza­ção dos mesmos.       

O caso dos tubos abandonados e outros equipamentos da ETA na mesma condição, com a revelação de Fernando Cunha que irá optar pelos poços profundos é bem a mostra da ineficiência pública e do trato sem responsabilidade alguma do dinheiro público por parte de alguns governantes.

Mesmo que Cunha tenha revelado que venderá estes materiais, não pode afirmar que venderá com preço equivalente ao que foi levado a efeito no período que foi efetuada a com­pra e que a futura negociação não se traduzirá em prejuízo para o contribuinte.

Na mesma direção vai o anúncio do aeroporto a­nun­ciado pelo aéreo ex-prefeito que parecia administrar das nuvens o município e não conseguia diferenciar a realidade da fantasia.

Criou tantos cenários virtuais inacabados e vendeu como se fora a grande solução que o embate com a realidade transforma-o em um fabricante de sonhos de terceira categoria, quase caindo na dimensão dos pesadelos.

E, levando-se em consideração as condições de higiene que se revela se encontraram os próprios municipais é de se supor que muita sujeira vai surgir à medida que os dias caminham.

O anúncio do aeroporto de Eugênio fundido à ideia da vinda do Play Center, somado a Estação de Tratamento de Esgoto, construção da Prefeitura ao lado do Daemo, Estação de Tratamento de água e continuidade da Aurora até a rodovia, etecetera e eteceras, mais assemelham-se a fábula de Esopo sobre o parto da montanha. Tanto, que vale ser lembrada.

“Há muitos e muitos anos uma montanha começou a fazer um barulhão.

As pessoas acharam que era porque ela ia ter um filho.

Veio gente de longe e de perto, e se formou uma grande multidão querendo ver o que ia nascer da montanha.

Bobos e sabidos, todos tinham seus palpites.

Os dias foram passando, as semanas foram passando e no fim os meses foram passando, e o barulho da montanha aumentava cada vez mais.

Os palpites das pessoas foram ficando cada vez mais malucos.

Alguns diziam que o mundo ia acabar.

Um belo dia o barulho ficou fortíssimo, a montanha tremeu toda e depois rachou num rugido de arrepiar os cabelos. As pessoas nem respiravam de medo.

 De repente, do meio do pó e do barulho, apareceu … um rato.

Moral: Nem sempre as promessas magníficas dão resultados impressionantes.

E, pelo andar da carruagem, a administração de Cunha vagarosamente parece revelar que a montanha passada, rugiu, fez escândalos, se promoveu em demasia, e no final, parece ter parido um ratinho e como diz a fábula moral de Esopo no seu final, as promessas magníficas nem sempre dão resultados impressionantes.

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