Do Conselho Editorial

Não se sabe as razões que levaram o provedor da Santa Casa e advogado Mário Montini a buscar o Ministério Público para denunciar o abandono e descaso em que, tudo indica, o governo de Eugênio José entregou o imóvel onde estava instalada a Secretaria de Saúde.

Muito embora algumas pessoas estejam imaginando que tal situação possa ter sido criada, ou seja, de responsabilidade do governo atual de Fer­nando Cunha, por respeito à verdade, é necessário esclarecer que não.

As instalações da Beneficência foram entregues antes do final do mandato de Eugênio e foi matéria neste jornal.

Cem dias de governo, é natural que diante da visão do inferno que foi estampada na capa do jornal e da dificuldade de comunicação do atual governo, que algumas pessoas, que talvez não tenham lido a noticia até o final, tenham imaginado que o ocorrido é culpa deste governo.

Por outro lado, é possível que os tradicionais bate-paus e defensores do ex-prefeito tenham forçado um pouco a barra para deixar a conta de barato nas costas do prefeito de plantão.

Importante frisar que mesmo que não seja o responsável pela destruição, será, enquanto primeiro mandatário, de sua responsabilidade a recuperação e limpeza do espaço, além da devida destinação aos materiais que trazem risco a população, os documentos, remédios abandonados e vencidos pelo que constam, além de produtos, aparelhos e muito lixo.

No atual momento em que o Ministério Público e a Justiça têm sido bastante severos com desman­dos é de se prever que a equipe de Fernando Cunha tomará todas as precauções possíveis para, no futuro, não vir a responder pela insanidade e responsabilidade de outrem.

Tudo, possivelmente será documentado, da mesma forma que fora, por precaução, pelo provedor da Santa Casa e possivelmente, como fez o advogado, será encaminhado relatório ao Ministério Público para se resguardar de possível envolvimento em investigação futura, o que se presume tenha sido feito pelo provedor da Santa Casa responsável pelo prédio da Beneficência.

O estado que se encontra o prédio, aliado ao desaparecimento de equipamentos e móveis como foi noticiado, se confirmadas as informações constantes na representação e destacadas neste jornal, a situação é de uma gravidade enorme.

Afinal, tratava-se da Secretaria de Saúde, que do ponto de vista da utilização de verbas públicas, em termos porcentuais, era a maior e no tocante a atendimento ao público em relação a prestação de serviços pela lógica também seria.

Geninho, ao longo de seus dois mandatos foi bastante alertado que a fragilidade de seu governo estava instalada neste setor que era comandado com um amadorismo e uma incompetência que chegava a doer.

O inicio do atual governo deu bem a noção do que poderia estar ocorrendo na Saúde local quando foi levado a efeito um mu­tirão de limpeza na UPA que, embora nova, construção recente, estava deteriorada, com aspecto de suja e de abandonada.

A denúncia em relação a Beneficência onde estava instalada a Secretaria de Saúde, dá bem a idéia do mal que representou Geni­nho para a Saúde pública.

E não se iludam os seus fanáticos seguidores, a tendência é que, aos poucos, comecem a surgir o fruto da incompetência, abandono e irrespon­sabilidade que foram os anos de Eugênio para Olímpia.

A única coisa que Eugênio pensava que sabia fazer bem e tudo indica continua insistindo na fórmula, é tentar transformar o virtual em realidade, construir através da fantasia um mundo que não se sustenta na vida real, um mundo que quando visitado, como foi agora, mostra apenas abandono, descaso, irresponsabilidade, destruição.

E Geninho vai transformando seus devaneios em reportagens que falseiam a verdade como se fora um pavão no acasala­mento que abre as asas ao máximo para evitar que a fêmea possa visualizar a feiúra dos seus pés.