24 de maio | 2020

O que será do Brasil e da humanidade depois de enterrados todos que o Covid-19 levar?

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Ninguém sabe ou pode responder e alguns nem estarão por aqui pra ver e viver a resposta sobre o que será do Brasil e da humanidade depois de enterrados todos que o Covid-19 levar.

Do Conselho Editorial

Muitas pessoas ainda não se deram conta do que será a tragédia que se abaterá sobre a sociedade brasileira durante e depois da pandemia.

O entristecedor é que a maioria dos países pelo mundo afora já discutem e tem uma previsão do que poderá vir a ser catastrófica a maneira como parte do poder executivo nacional lidou com esta tragédia.

Não há como evitar, diante de tantos erros e aberrações cometidas pelo poder central e Governos estaduais que seguiram suas orientações, um número de mortes muito elevado.

Previsões de que milhares morreriam em cenário posi­ti­vista e que milhões encontrariam a morte em cenário ne­ga­tivista, pelo esforço criminoso de algumas autoridades que se postam contra evidências cientificas é de que a segunda hipótese se confirmará.

Não é preciso ser muito bem informado para perceber que as dificuldades impostas pelo poder central na distribuição de verbas de combate a pan­de­mia só aumentam a possibilidade de ocorrerem estas previsões catastróficas.

Muitos hospitais de cam­panha ainda estão em fase de montagem.

Faltam equipamentos e mão de obra especializada nos que a duras penas foram concluídas a fase de montagem.

Faltam em alguns hospitais insumos básicos para poder se trabalhar de forma a evitar desfechos fatais.

Sem exageros, para um governo que soube da gravidade do problema e sua repercussão na economia mundial, o Brasil está en­gatinhando no combate ao Covid-19.

Um país que demite dois ministros de saúde no meio de uma pandemia e coloca no lugar um militar sem nenhuma especialização na área de saúde e que nomeia outros militares inexperientes para asses­sorá-lo, dá mostras claras que não percebeu o caos que se anuncia para breve.

Para alguns, no entanto, se chegou ao pico, ao ponto máximo, a curva da pandemia o que especialistas das áreas médicas e científicas contestam e alertam que o período mais grave da doença ainda nem começou.

Hospitais em alguns estados dão mostras de que estão chegando no ponto de saturação e que a partir de agora as opções oferecidas aos pacientes acometidos pela doença serão trágicas.

Pode se estar chegando, se já não se chegou, em algum lugar e se oculta, naquele estágio onde cruelmente se escolhe o sobrevivente pela faixa etária ou comorbidades.

E o nosso governante e parte da população discutindo de forma contrária as evidências científicas a autorização do uso de clo­ro­quina ou a volta ao trabalho.

Em sã consciência, ninguém pode se colocar de forma definitiva contra uma ou outra sugestão.

Desde que estudada e comprovada a eficácia da Cloroquina ou qualquer outra medicação no trato do Covid-19, será aceita e indicada com a maior satisfação por toda autoridade médica responsável que deseje o bem da humanidade.  

Da maneira como está no decreto presidencial onde o paciente se vê obrigado a assinar documento se responsabilizando por ministrar o remédio em si é como afirmar que o resultado de tal aplicação pode ser o pior possível, resultando em morte.

Este tipo de sugestão só atrapalha as discussões e não permite que se avance na busca de soluções para o problema.

Da mesma forma a discutida quebra do isolamento para a retomada da economia é outra falácia levantada pelo presidente trazendo prejuízo elevado as políticas de combate a pandemia.

O exemplo presidencial estimula movimentos, carreatas, passeatas, circulação de pessoas, não utilização de equipamentos, ampliando a quantidade de infec­tados e aumentando a utilização do número de leitos hospitalares, UTIS e respiradores.

Diante deste quadro que os grandes meios de comunicação já asseguram como trágico e se permitem visualizar que será o mais desastroso da América Latina há previsões de que mudanças consideráveis acontecerão no comportamento da maioria.

Estas discussões absurdas de relativização da vida e de valorização do mercado serão revistas, as mentiras e fake news serão condenadas e colocados na condição de abomináveis e o ser humano terá mais empatia e amor ao próximo?

Ou será seduzida a sociedade, em razão da solidão na quarentena, a se entregar ao con­su­mismo desenfreado temerária de que a vida pode não resistir a um microscópico vírus?

Ninguém sabe ou pode responder e alguns nem estarão por aqui pra ver e viver a resposta sobre “O que será do Brasil e da humanidade depois de enterrados todos que o Covid-19 levar”.


 

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