25 de abril | 2021

Pessoas não estão indo vacinar por culpa de um presidente genocida?

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Ao que tudo indica, Olímpia, que é um reduto
bolsonarista, conta com um gabinete do ódio
e membros do movimento antivacina, cujas
manifestações nas redes sociais têm
refletido, ao que tudo índica,
no não comparecimento para
tomada da primeira dose da
vacina e ou retorno
para a segunda.

 

Do Conselho Editorial
A cobertura vacinal no país já estava em baixa antes da instalação do governo Bolsonaro do trabalho do gabinete do ódio, movimento antivacina, para não conferir importância ao Covid 19 e tratá-lo como uma questão política e financeira visando fortalecer a China, entre outras loucuras.

Vacina é a estratégia primordial de qualquer programa de prevenção de saúde e na questão da Coronavírus se mostrou essencial e positivo em alguns países que retomam a economia.

Ao tomar as doses de vacina as pessoas se protegem contra diversos agentes infecciosos e com isto é reduzido o risco de complicações após a doença inicial.

Embora tenham salvado milhões de vida ao longo de várias décadas, nos últimos anos as vacinas foram alvo de duas injustiças: enquanto alguns se esqueceram de sua importância, outros passaram a acusar os imunizantes de provocarem efeitos colaterais gravíssimos, ser menos eficaz que tratamento precoce não recomendado e a vacina conter chips.

Com quase 400 mil mortes por covid-19 e com a perspectiva de frear a pandemia com alguns imunizantes em negociação, o Brasil vê a resistência à vacina crescer.

Segundo levantamento de vários institutos de pesquisa, há uma parcela significativa de pessoas que declaram que não querem tomar vacina.

O potencial estrago de um movimento antivacina é conhecido.

Em todo o mundo, estima-se que a imunização contra doenças salve cerca de 3 milhões de pessoas por ano, ou seja, 5 pessoas a cada minuto.

A desconfiança em relação às vacinas e o retardamento a compra pelo governo federal levaram a perdas irreparáveis.

Em razão da gravidade da situação e da irresponsabilidade com que o tema foi tratado por parte do governo federal, o Supremo Tribunal Federal decidiu que estados e municípios poderiam criar leis de obrigatoriedade da vacina contra o coronavírus e definir restrições a quem desobedecer.

O resultado foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro que, de maneira bastante irresponsável para o cargo de primeiro mandatário da nação, disse publicamente que não irá se vacinar e que pretendia exigir termo de responsabilidade de quem tomar vacina.

A fala é complicada, pois fanáticos seguidores, intolerantes religiosos, que nesta hora necessitariam de uma fala de confiança, de coerência em relação ao que a ciência diz, vendo a ciência sendo desacreditada e atropelada, tendem a seguir a fala do presidente que está desconectada com a realidade.

Em razão de suas inúmeras atitudes vistas pelo mundo como genocidas, foi instalada uma CPI no Senado para apurar responsabilidades.

Os temas a serem tratados:

1. O governo federal foi omisso ou não na aquisição de vacinas?

2. Houve omissão do governo federal na crise de falta de oxigênio?

3. O governo Bolsonaro colocou a população em risco ao estimular ‘tratamento precoce’ mesmo sem eficácia comprovada?

4. O presidente pode ser responsabilizado por estimular aglomerações e vetar trecho de lei que obrigava uso de máscaras?

5. Qual foi a influência da interrupção do auxílio emergencial na crise sanitária?

6. Governo federal pode responsabilizar Estados e municípios pela crise?

Posicionamentos equivocados como os de Bolsonaro minam a confiança da população e servem como combustível para os que se negam a receber vacinas.

E o resultado de sua atuação absolutamente irresponsável e criminosa, juntando-se a do movimento antivacina em meio a uma emergência mundial, não é uma questão individual, é uma questão de saúde coletiva.

Se não for atingida a imunização em massa, segundo os cientistas, não será atingida a imunidade coletiva necessária e a única possibilidade de controle da pandemia terá sido um esforço em vão.

As vacinas vêm principalmente para diminuir mortes, hospitalizações e casos graves, muito embora não sejam como podem pensar alguns, o fim da doença, continuará por um bom tempo o distanciamento social, a não aglomeração e o uso de máscaras.

Para isto seria extremamente necessário combater os grupos antivacina ou as notícias falsas que circulam na internet e se contrapor as falas negacionistas do presidente em exercício.

Para ter a imunidade completa é necessário completar o esquema vacinal de duas doses.

Grande parte das pessoas que acreditam em tratamento precoce não está se vacinando e quando buscam tratamento já estão com a doença em estado avançado.

Outra parte tem tomado a primeira dose da vacina e não retornam pra tomarem a segunda. Sem o esquema vacinal completo não há imunização.

Em tese, a pessoa pode ter inutilizado uma dose da vacina que poderia ajudar a salvar alguém que acredita na ciência.

É muito importante estar com o esquema vacinal completo para se atingir a imunização das pessoas, principalmente dos idosos, que é a população que apresenta a maior mortalidade pela doença.

Os números apresentam a redução de mortes e também apontam para a vacinação como fator decisivo para a redução no número de mortes de idosos acima de 80 anos por decorrência da covid-19.

O que, de certa maneira, comprova que a visão antivacina e anticientifica não são verdadeiras.

Na ordem inversa, o percentual de óbitos registrados em pessoas entre 30 a 39 anos, 40 e 49 anos e 50 e 59 anos de idade tem aumentado.

O que pode ser uma constatação de que as medidas de proteção contra o coronavírus, como o isolamento social, uso de máscara e de limpeza das mãos, devem ser seguidas.

A resistência à vacina e a insistência do Presidente da República e seu gabinete do ódio, juntamente com o grupo antivacina, continuarão, com suas inconsequências, a produzir mais mortos e mais mortes.

Ao que tudo indica, Olímpia, que é um reduto bolsonarista, conta com um gabinete do ódio e membros do movimento antivacina cujas manifestações nas redes sociais têm refletido, ao que tudo índica, no não comparecimento para tomada da primeira dose da vacina e ou retorno para a segunda.

Estas pessoas não estão indo vacinar por que concluíram que não devem, não creem de fato na ciência, foram conduzidas por um processo de alienação e lavagem cerebral, resolveram que morrer é uma solução ou a culpa advém de seguirem fanaticamente um presidente genocida?

 


 

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