“Enquanto os Homens exercem seus podres poderes, matar ou morrer de raiva, de fome, queimado, de sede, são muitas vezes gestos naturais”.

Euder Q. de Oliveira

Se o leitor não conhece esta can­ção do Caetano Veloso, podres poderes, vale a pena ouvi-la, continua e continuará, infelizmente, atual e verdadeira.

Hoje (01/02) teremos a eleição para presidente do Senado Federal em que um dos candidatos renunciou a seu cargo em 2007, às custas de corrupção, para não perder seus direitos políticos. Com a­po­io de outros corruptos é possível que seja Eleito e exerça seus podres poderes.

Ainda em Brasília, o Estádio Ma­ne Gar­rincha em construção para a Copa, orçado em 650 milhões de reais, já custa 850 milhões e custará em torno de 1,2 bilhões! Pequeno erro de cálculo, mas, após a co­pa, o candidato a elefante Branco será de muita utilidade ao povo.

Brasiliense que carece de leitos Hospitalares e pronto atendimento, podre poderes…

Como não comentar a tragédia anunciada ocorrida em Santa Maria que co­mo­ve o Brasil e o Mundo.

Agora que Inês é morta resolveram fiscalizar as condições das Boates no Brasil e, pasmem, du­as em cada três não tem as condições mínimas de segurança, Podres poderes…

Enquanto os Homens não agirem com princípios Humanitários de compaixão, respeito e Amor ao próximo e esquecerem seus partidos, seus poderes, podres poderes, continuaremos morrendo de raiva de fome e de sede, de forma tão banal.

“Será que essa minha estúpida retórica terá que soar, terá que se ouvir por mais mil anos?” (Caetano Veloso).

Euder Quintino de Oliveira é médico do coração em O­lím­pia.