14 de fevereiro | 2021

Questão da morte, contaminação e ocultação de casos de Covid-19 no Abrigo é vergonhoso

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“Estas ações são demonstrativas de que o rei está
nú e quem pode tê-lo desnudado foi a Rainha da
Inglaterra, um simples Secretário
de foto, mas não de fato”.

Do Conselho Editorial

Este jornal, em várias o­casiões, questionou a incapacidade e os métodos utilizados pelo secretário Municipal de Saúde, Marcos Pagliuco, na condução do setor.

O prefeito Fernando Cu­nha, que designou es­ta triste figura para o comando da pasta, por autoritário, mandão, co­ronelista, centraliza­dor e por acordos políticos in­justificá­ve­is, manteve o inepto para a função.

Durante toda a epidemia não se ouviu a voz patética de quem deveria estar à frente de uma das ma­iores crises sanitárias que o país vive.

De rainha da Inglaterra a general Pazuello local (pesadelo) assim como o ministro, embora o do exército só fale asneiras e esti­mu­le o crescimento da con­­taminação, estimulando aglomeração e não utilização de máscaras, o Secretário de Saúde, o general local, parece não existir, figura co­mo um peso morto no combate ao Covid 19.

Não se pode afirmar que o governo Cunha, em que pese a pressão dos negaci­o­nistas e comerciantes a favor da morte em razão do lucro, tenha feito um mau trabalho, ou conduzido na total irresponsa­bili­dade a questão referente a pandemia.

Fez a lição de casa com u­ma certa coerência, cedeu a interesses comerciais e políticos mantendo uma certa lógica que não o coloca entre os que melhor trataram o tema, nem entre os inconsequentes e criminosos que contribuíram pa­ra a morte de milhares.

Esta semana, no entanto, veio à tona o que o jornal de há muito evidenciava em razão das queixas e relatos chegados à redação, trazido por vários segmentos da sociedade acerca da politização do setor de saúde que se transformou vergonhosamente um feudo político sobre o domínio de dois vereadores e um ex candidato a prefeito derrotado.

A discussão de privilégios e tratamentos diferenciados no setor, por indicação de vereadores, era u­ma prática que parecia comum, legal e nada imoral, tanto que as redes sociais alardeavam e alardeiam intervenções de vereadores em busca de soluções individuais para casos de mau atendimento ou de falta do mesmo.

O que deveria ser direito de todos e dever do Estado passou a ser tratado por alguns agentes políticos como favorecimento e privilégio e o detentor do cargo máximo tudo ouvia e na­da fazia.

Não há bem que sempre dure nem mal que nunca termine e a intervenção de Pagliuco em duas situações deixam em péssimo estado o governo populis­ta e fisiológico de Cunha.

As noticias dão conta de que Marcos tinha a intenção de ocultar que pacientes e funcionários do Abrigo São José estariam contaminados com Covid 19.

Se confirmada a situação, é um caso de total ir­responsabilidade diante da obrigação que o setor de saúde tem de respeitar a vida e colocá-la não em risco, mas acima de todas as coisas.

Isto, se não tomada uma decisão rápida e proporcional aos fatos pelo Pode E­xecutivo, retira todos os méritos do desempenho do governo Cunha no com­­bate a Covid 19.

Não para por ai as intervenções do Secretário Pesadelo II da Saúde. Tudo indica que, contrariando o cronograma de vacinação e os grupos priori­tá­rios, a­utorizou, a pedido de duas vereadoras, que as Assistentes Sociais fos­sem vacinadas em possível ação fu­ra fila.

Estas situações repercutiram fortemente nas mí­dias sociais, uma por se tratar de total desrespeito a vida dos idosos e dos funcionários do Abrigo São Jo­sé e a outra por ser, se confirmada, um privilégio inaceitável.

O Ministério Público local, convocado para o debate, irá se manifestar e a população poderá ter a certeza se houve ou faltou lisura às ações que ferem de morte o atual governo.

Estas ações são demonstrativas de que o rei está nú e quem pode tê-lo desnudado foi a Rainha da Inglaterra, um simples Secretário de foto, mas não de fato.

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