24 de novembro | 2013

Rodrigo Garcia, Kassab, Marco A. Garcia, Geninho …

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Do Conselho Editorial

Não haverá muito que se escrever neste editorial, que Rodrigo Garcia, Kassab e Geninho eram muito próximos, parceiros, companheiros de jornadas políticas.

No momento em que o povo sai às ruas para pedir moralização da coisa pública, estes fraternos companheiros são alvos de manchetes de jornais nada abonadoras em relação a possibilidade de estarem envolvidos em situações que comprometem, se comprovadas as denúncias, suas figuras públicas.

Já, Marco Aurélio Garcia, irmão de Rodrigo Garcia, genro do ex-prefeito Wilson Zangirolami, suspeito de lavagem de dinheiro e participante da Máfia do ISS em São Paulo, pelo menos até onde se pode neste momento acreditar no Rodrigo, não tem relações comerciais com o irmão, e nem com Kassab.

Como se sabe, quem sabe sabe, votava Rodrigo e Kassab, e talvez não tenha também relações comerciais com Eugênio.

O que poderia haver entre eles talvez fosse apenas estreitos laços de mútua confiança, por se sentirem almas gêmeas, tanto que gemem agora pelos mesmos motivos, estarem envolvidos em situações idênticas que mostram indícios de ligações a variadas máfias.

Hora de deixar que os noticiários falem por si.

Jornal da Globo: Ex-diretor da Siemens cita políticos em denúncia de formação de cartel… secretário estadual de desenvolvimento econômico, Rodrigo Garcia, do DEM;…

Ex-diretor da Siemens fez doações a Garcia.

Um irmão do secretário, Marco Aurélio, é investigado pelo Ministério Público e pela Controladoria Geral do Município por suspeita de lavagem de dinheiro da máfia do ISS (Imposto sobre Serviços). Fiscais são acusados de cobrar propina para diminuir o valor do ISS a ser recolhido.

Rodrigo diz não ter relações comerciais com o irmão.

Irmão de secretário estadual será investigado na fraude do ISS

Marco Aurélio Garcia é suspeito de lavagem de dinheiro.
Ele era locatário de escritório onde foram achados documentos do grupo.

Dinheiro encontrado em cofre que estava em escritório.

O Ministério Público de São Paulo apura a possível participação do empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, no escândalo do ISS. Marco Aurélio é considerado agora o sétimo investigado suspeito de participar do grupo que, segundo a Promotoria, fraudava o Imposto Sobre Serviços em troca de suborno de construtoras.

O promotor que investiga o caso, Roberto Bodini, afirmou nesta quinta-feira (21) que uma das evidências contra o irmão do secretário é um cofre apreendido no escritório que, de acordo com as investigações, era frequentado pela quadrilha. Nele havia R$ 88 mil em dinheiro vivo, em maços de R$ 50 e R$ 100 presos com elásticos. O escritório ficava no Largo da Misericórdia e era locado por Marco Aurélio.

Deputado Itamar e Olímpia lideram ranking de possível recebimento de propina

A terceirização do lixo em Olímpia pode ter rendido pelo menos R$ 239 mil em propina em Olímpia. O município é citado nove vezes na planilha apreendida em computador da empresa dos irmãos Scamatti, que mostra possíveis pagamentos mensais, com valores, em média, de R$ 25 mil. Ao lado dos valores não constam nomes de quem recebeu, mas só os nomes de quem entregou o dinheiro, ou de que “caixa” ele saiu. Em 2011 foram R$ 123 mil e, em 2012, R$ 116.

É possível que já dê para o leitor ter uma noção em que se transformou o país das maravilhas que Geninho anunciava para Olímpia.

Não foram esquecidas as manchetes que relacionam a Gilberto Kassab, ex amigo de Eugênio e de Rodrigo que não mantêm relações comerciais com o irmão Marco Aurélio, mesmo que todos façam parte de investigações cujos propósitos sejam os mesmos, apurar possível desvio de verbas públicas.

Apenas não se falou das manchetes em relação a Kassab por que a Globo tem feito isto com frequência, da mesma maneira que não foi comentado neste editorial a discussão que envolve o Governador Geraldo Alckmin, amigo de Rodrigo e de Eugênio, no rumoroso caso Siemens, escândalo que frequenta a mídia nacional.

Foi propositalmente deixado de lado o deputado Itamar Borges e outros que fazem parte do círculo de amigos de Eugênio, envolvidos nas investigações mais variadas possíveis.

E a cidade de Olímpia, que na primeira campanha eleitoral vencida por Eugênio viu transitar por suas ruas um carro de som que retransmitia a voz de Eugênio José falando da tribuna da Câmara, que dar, receber ou levar uma porcentagem das verbas públicas vindas de emendas, desde que a verba viesse para a cidade, não teria nada demais, vive este desgaste agora.

A cidade agora vê seu nome estampado em páginas de jornais de grande circulação colocando o nome do primeiro mandatário sob a suspeição de ter feito o que defendia da Tribuna da Câmara como se fora algo normal.

Pode ser que todos eles, embora sejam mínimas as possibilidades, venham a comprovar suas inocências, só que acreditar nesta hipótese seria muito purismo.

Se não forem, mais uma vez, pode-se imputar verdades ao ditado popular: “pássaros da mesma plumagem voam juntos”.

 

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