04 de junho | 2017

Saúde no governo Cunha, até agora sem resultados positivos

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Do Conselho Editorial

As campanhas eleitorais geralmente trazem para discussão os temas mais pulsantes, os que mais atingem o eleitorado naquele momento, enquanto necessidade de prestação de serviço público.

Os políticos brasileiros invariavelmente distantes do desejo de maioria, nestes tempos de materialização do consumismo no último grau, em que até as opções eleitorais são meros produtos de marketing, uma coisa que se difere da outra, por esta ou aquela promessa que pode estar no desejo de consumo da população, prometem, prometem e prometem, visando se eleger.

As promessas são pinçadas de pesquisas de opinião pública e se destinam a contemplar aquilo que a maior parte do eleitorado aspira.

Se for segurança a apontada na pesquisa, esta será a bola da vez das discussões eleitorais; se for desemprego será a geração de emprego a locomotiva que alimentará o discurso dos eternos prometedores de soluções.

A última eleição em Olímpia, por ter Geninho deixado em estado caótico o setor de Saúde, comandado por Silvia Forti, que não era do meio e nem técnica o suficiente para compreender e atender a demanda do setor, foi a Saúde a eleita para brilhar nos palanques.

Fácil falar de soluções em um setor semiabandonado e dirigido nas coxas por uma incompetência singular que teria como chefia um administrador incapaz de avaliar algo com seriedade que não fosse além do próprio umbigo.

Um pop star mais interessado em aparecer que produzir resultados positivos e permanentes, em cujo mandato a Saúde ocupou mais manchetes negativas de casos que culminaram em tragédias, que positivas que demonstrassem algo de bom, útil, equilibrado e feito com coerência e conhecimento de políticas públicas inovadoras, modernas; era tudo mais do mesmo, repeteco e xerox do que não dava certo elevado ao cubo.

A insistência com a fórmula da inoperância e da incapacidade administrativa fez com que o setor de Saúde fosse o mais lembrado na última campanha eleitoral e ajudou a enterrar a possibilidade de eleição do candidato situacionista.

Assim sendo, esteve presente na maioria dos discursos dos que pretendiam sentar na cadeira de primeiro mandatário da cidade, com grandes promessas de mudanças rápidas e modificações visando impor ao setor capacidade de atendimento, operacionalidade, profissionalismo, cumprimento de metas, qualidade e atendimento diferenciado do que vinha sendo prestado até então.

O que vem acontecendo, no entanto, não difere muito do que ocorria no período cinza da gestão caótica de Geninho; demanda reprimida, suspeição de mal atendimento, tragédias, falta de medicamentos, aparelhos que não funcionam e quadro médico deficitário, entre outras demandas não atendidas, dão a mostra da distância entre as promessas de campanha e o realizado.

Era preciso mudar e Fernando Cunha não pode negar que sabia disto, tanto sabia que posava de solução para tudo, gestor eficiente e capaz de resolver com rapidez o que não pode demorar, já que cuida do bem maior, a vida.

Até o presente momento, a demonstração de sua incapacidade vai crescendo à medida em que as soluções não vieram e ao que tudo parece indicar não virão com tanta facilidade.

A situação não continua tão caótica quando estava antes, pois estava à beira do caos e agora ainda não estaria no fundo de um poço tão profundo, mas pelo número de reclamações nas redes sociais, percebe-se que fora a limpeza, a higienização promovida na Upa e nos postinhos nada mais foi feito que mereça ser destacado.

A cada dia se ampliam as reclamações por parte dos que necessitam dos serviços de saúde. Independente da boa vontade da atual secretária ou de quem a assessora, a impressão que fica é que o centralismo administrativo, ou a falta de equipe, podem estar fazendo com que as coisas não funcionem, não andem, não prosperem e o tempo vai passando e a sociedade não vai percebendo bons resultados no novo governo que pode envelhecer sem ter sido novo e atuante.

Nos outros setores, embora não seja recomendável a demora, mesmo que ela ocorra, pode causar transtornos, aborrecimentos, mal estar entre o desejo de se ver atendida a vontade de iluminação ou asfalto em uma rua ou praça, sinalização ou semáforo em outra, canalização de rio, água limpa nas torneiras, segurança, ou aumento salarial, nada disso, porém, pode ser comparado a falta ou atendimento precário na Saúde, quando alguém está fragilizado, doente.

Esta falta ou demora, pode ser e é demonstrativa de que a administração, em que pese o pouco tempo no poder, pode estar frágil e desorientada, necessitando de um tratamento de choque urgente, antes que sucumba em extremos de mediocridade.

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