29 de julho | 2012

Uma matilha de bestas reunidas para sugar o sangue de seus semelhantes

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“GENTEM”, …
… este ser que tenta imaginar as coisas com vocês, pensou umas dez vezes antes de dedilhar no teclado do computador estas parcas linhas, tamanha a incredulidade diante dos últimos acontecimentos que parecem ter quebrado a escala do tempo e como cenas de cinema mostram a vida como nos tempos da inquisição, ou em qualquer época dos mil anos de escuridão, ou dentro dos temerosos dias do domínio nazista.

EMBORA …
… saiba que não são muitos que enxergam esta realidade nua e crua, pois a esmagadora maioria não consegue pensar socialmente, por sempre ter algum interesse particular, ou formação antissocial, ou mesmo por falta de conhecimento mesmo, ou até porque tudo é feito na calada da noite, às escondidas e o que todo mundo fica sabendo é uma versão oficial muito distante da verdade.

NESTE MUNDO …
… paralelo, que a sociedade não tem acesso, reina a maldade, a podridão e são tomadas atitudes tão vis que, às vezes, este ser chega a pensar em voltar para o meio do mato, pois são muito mais morais as cobras, as aranhas, as onças, os macacos, do que estes zumbis que vagueiam na escuridão propagando a destruição de pessoas, a subjugação, sem se preocupar com o sangue que já escurece em suas mãos.

A FELICIDADE …
… talvez esteja no silêncio, ou no som musical do vento sibilando sobre as folhas das árvores, entoando canções pelo balançar do cipós, com o compasso marcado pelo estalar das águas recebendo de volta seu mais poderoso ser, o boto, de seu salto alegre a demonstrar a beleza das pequenas coisas, a incentivar os gestos de amor.

PELA PRIMEIRA …
… vez nesta vida tentando ser, este que acredita buscar ser, sentiu nojo, asco, ânsia de vômito, de outros seres.

NÃO ACREDITAVA …
… que estes bípedes que embora tenha quem diga que tenham alma, consigam pensar, pudessem chegar a tão baixo nível moral.

UMA MATILHA, …
… onde a maioria de seus integrantes tem desvios comportamentais, verdadeiras bestas travestidas de humanos, reunida para se apoderar, para sugar o sangue de seus semelhantes. E para isso não existem barreiras. Tudo é válido, tudo é possível. Tudo é comprável.

OS FINS …
… sempre justificam os meios e não existe temor do que poderá advir de tudo isso. Como os principais bandidos e facínoras da história, não conseguem perceber que tudo é energia e que não dá para passar a vida inteira sem enfrentar a força contrária.

DEBOCHAM …
… de Newton e sua infalível lei da ação e reação. Debocham de Deus. Debocham da Bíblia. Debocham da vida humana, que parecem encarar como meros números a se transformar em ossos no cemitério.

NÃO EXISTEM …
… mais instituições. Os três poderes parecem estar falidos. Quem tinha que fiscalizar a lei, apenas arruma desculpas para não ter que se envolver. Quem tinha que decidir, o faz quase sempre optando pelo lado da podridão.

AO CIDADÃO …
… resta a incerteza, a insegurança e a vida apática, alienada, o apenas viver para sobreviver. E a certeza de que a própria lei pode ser utilizada para intimidar, ameaçar, eis que aplicada em grande parte por seres que também pensam apenas no próprio umbigo, ou que, também pelo temor, preferem fechar os olhos, esquecer que um dia o mal que não é combatido pode se voltar contra ele mesmo.

ÀS VEZES, …
… vem a sensação de que o melhor seria ser tapado, que não se conseguisse enxergar o que existe por detrás do oficial. Mas, como dizia Sartre, sou condenado à Liberdade de decidir que vou continuar vendo, enxergando e denunciando tudo isso, doa a quem doer, pois não existe nenhum mal que perdure para sempre, assim como não há bem que nunca se acabe.

José Salamargo, mais do que nunca, agora vivendo exclusivamente para desmascarar os moinhos de vento…

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