16 de junho | 2019

Vereadores votaram contra geração de empregos?

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Do Conselho Editorial

A cidade foi surpreendida pela recusa dos vereadores Salata, Pimenta, Luiz do Ovo e Flávio Olmos em aprovar o Programa de Desenvolvimento Econômico de Olímpia proposto por Fernando Cunha.

A proposta visava alterar alguns pontos de lei em vigor que dispunha sobre o Programa de Desenvolvimento de Olímpia, de número 3745 de outubro de 2013 sancionada por Eugênio José Zuliani.

Os quatro vereadores, por mais que tentem se identificar como independentes a qualquer um, está claro e evidente que estão atrelados a Eugênio, o que faz suspeitar que o voto contrário a lei pode ter se dado mais para desgaste político da atual administração que o bem estar da cidade.

Isto, no imaginário popular, que de algum tempo observa que Pimenta, Salata, Luiz do Ovo e Flávio Olmos tem se postado de forma divergente a administração Cunha enquanto os demais se colocam a favor da administração.

É meio que sempre assim, não havendo equilíbrio e muito menos independência no voto da maioria dos legisladores atrelados que sempre estão a algum lado que represente ou possa vir a representar o poder e nunca visando o bem estar da população como regra e dever.

Necessário notar que se observado de forma racional, os dois lados tem razão por estar a favor e contra o projeto.

Os que estão a favor têm a disposição o discurso do crescimento, da geração do emprego, a crise que o país vive e sobretudo a diversificação econômica em uma cidade cuja atividade principal, embora haja outras, pareça ser o turismo.

Neste aspecto, difícil encontrar alguém de mente sadia que não seja a favor de implementar dispositivos legais que venham atrair empresas a se instalar no Parque Industrial, razão, talvez, da repercussão que os votos contrários receberam nas redes sociais e nas ruas.

A sensação é de que Salata, Pimenta, Luiz do Ovo e Flávio Olmos não gostam de Olímpia e votam com o objetivo de dificultar a administração de Cunha e lá na frente, no período eleitoral, emplacar alguém que seja agradável ao grupo.

A ideia, a grosso modo, seria a de que o voto é parte da retaliação que a administração passa, ou picui­nhas comuns a políticos oportunistas e fisiológicos que não tem sido recepcio­na­dos em suas demandas nada republicanas.

Basta um triscar de olhos no projeto envido para se observar algumas questões que poderiam e deveria ser melhoradas, melhor debatidas, o que permitiria a possibilidade de sua aprovação.

Algumas emendas ao projeto bastariam para que o mesmo pudesse ser aprovado e ganharia a população, o prefeito, todos os vereadores, no entanto, a imagem autoritária que o prefeito vem montando a sua volta basta para que a oposição creia na impossibilidade para o diálogo no sentido de modificar o que interpretam como equívocos constantes na lei, que se corrigidos, ela poderia ser aprovada.

Não custaria ao prefeito, se não houvesse vestido o fardão do Coronel, sentar e discutir de forma mais ampla a questão das isenções, ajuda na infraestru­tura e a questão envolvendo possível inconstitu­cionalidade.

E, neste aspecto é impossível concordar que os vereadores que votaram de forma contrária ao projeto possam estar errados.

É da essência do cargo do legislador discutir, discutir e discutir a exaustão todos os projetos encaminhados a sua avaliação. Representam o povo para isto.

Aprovar e desaprovar faz parte das ações legislativas e quando amparadas em dispositivos legais ou em benefícios ou prejuízos que podem não estar claros na letra da lei é justo que desaprovem e ao Poder Executivo, se imbuído de boa intenção, vontade e disposição, cabe abrir as discussões em torno do projeto para aprová-lo da maneira mais democrática possível.

Afora isto, engula a derrota e a desaprovação, pois isto é o que pode sobrar aos que desejam enfiar tudo goela abaixo como se a maioria ou minoria não pudesse contrariar suas vontades mesmo quando em erro.

 

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