20 de março | 2011

Advogado quer diminuir a pena de 21 anos aplicada a motoboy

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Em julgamento que teve nove horas de duração, realizado na quarta-feira, no Fórum de Olímpia, o motoboy Hudson Lupércio dos Santos Pereira (fazendo sinal de positivo na foto ao lado), de 21 anos, foi condenado a 21 anos e 13 dias multa de reclusão em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade. O advogado de defesa, Galib Jorge Tannuri, declarou que irá recorrer para tentar diminuir a pena. Já o promotor Marcos Antônio Lelis Moreira declarou ter ficado satisfeito com o resultado do julgamento.

O motoboy é acusado de matar com um golpe de faca no pescoço a sua ex-namorada Daine Maira Rodrigues Pereira (foto ao lado, à direita) , de 24 anos, que estava grávida de quatro meses, na madrugada de 4 de junho do ano passado, na rua 7, 82, no Santa Ifigênia. Cerca de um mês antes do crime, o réu também é acusado de ter ateado fogo na casa da vítima.


No júri o promotor Lelis, que foi designado para atuar neste julgamento apenas na terça-feira, sustentou a pronúncia, ou seja, as acusações de homicídio triplamente qualificado, aborto não consentido e incêndio. Com isso, por 4 a 3, o corpo de jurados formado por quatro mulheres e três homens considerou o réu culpado. Pelo homicídio a pena aplicada foi de 14 anos. Já pela prática do aborto a pena foi de 3 anos e pelo incêndio 4, totalizando 21 anos de reclusão, mais 13 dias multa.


Segundo o promotor Marcos Lelis, ele ficou satisfeito com o resultado, pois, na sua opinião, foi  feito justiça. O promotor, que atua em São José do Rio Preto, foi designado na terça-feira para trabalhar no júri em Olímpia, em substituição ao promotor Gilberto Ramos de Oliveira, que tinha um compromisso com a justiça, em Rio Preto.


Por sua vez, o advogado de defesa, Galib Tannuri, informou que vai recorrer. Ele reclamou da falta de tempo para defender as suas teses, pois eram três qualificadoras no homicídio, o aborto e o incêndio. “Apenas uma hora e meia é muito pouco”, lamentou.


Segundo Tannuri, a vinte anos atrás o tempo era de três horas. Depois foi diminuído para duas e agora uma hora e meia. Neste julgamento, o promotor também não pediu a réplica. Com isso, a defesa não teve nem mais meia hora para sustentar as suas teses.


Depois do julgamento o réu foi levado de volta ao CDP-Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto, onde aguardou o julgamento. Com a condenação, brevemente, ele deverá ser transferido para uma das penitenciárias do Estado de São  Paulo.

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