30 de setembro | 2007

Drag afirma que ‘Parada’ foi caminhada de apenas 50 gays

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A drag Rachel Shineyder que atuou como apresentadora na II Parada GLSBT (Gays, Lésbicas, Simpatizantes, Bissexuais e Travestis), realizada na tarde do sábado, dia 22 de setembro, em Olímpia, afirmou em entrevista que concedeu para a reportagem da TV IFolha, que o evento não passou de uma caminhada com a participação de 50 gays e poucas centenas de pessoas que saíram de casa para acompanhar o que deveria ser uma verdadeira festa. "Um lixo. Não teve parada", enfatizou.

De acordo com o que disse, o evento não contou com DJ, trio elétrico, a artista Salete Campari. Apenas a presença da cantora Pollyana Papel. Rachel declarou que veio até Olímpia por conta própria e pelo compromisso que havia assumido com o promoter Djalma Ribeiro.

A drag informou que Djalma alegou que a parada não ocorreu conforme o previsto em razão de que o prefeito Luiz Fernando Carneiro teria cortado todas as verbas impossibilitando até mesmo uma festa que deveria ser realizada numa chácara.

"Mas nós, como profissionais drags ou transformistas, sempre damos os nossos nomes para divulgação para a gente poder trabalhar sempre, a gente não gosta de ser usado (o nome) quatro meses ou mais para depois ser cancelado (o evento). Então terá todo um processo de análise para ver o que ele fará. Acho que todos os profissionais deveriam correr atrás do que é deles que é o nome e o prefeito não deveria deixar acontecer esses tipos de coisas, porque parada não se acontece com duas pampas. Ou acontece ou não", desabafou.

Entretanto, mesmo com todos os problemas que enfrentou, continua apoiando a realização desse tipo de evento na cidade de Olímpia, mas melhor organizado e administrado: "Com eventos melhores já que é para a galera GLSBT de Olímpia e região".

Sobre os prejuízos que considera ter avisa que vai tentar ressarci-los: "Vou recorrer porque acho que somos todos humanos e já que esse é meu trabalho e vivo disso, ele (Djalma) deveria ser mais responsável e cumprir com suas palavras".

Outro lado

Já o promoter Djalma Ribeiro, que antes aguardava público de 15 mil pessoas, diferentemente de tudo que foi afirmado pela drag Rachel Shineyder, informou através da rádio Menina AM na manhã da segunda-feira (24), que a II Parada GLSBT teve público superior a 7,5 mil pessoas: "nota 10. O público de Olímpia, em massa, esse ano compareceu. Olímpia mesmo veio para a avenida".

De acordo com ele foi uma parada mix onde travestis e heteros se agruparam mesmo sem que tivesse o trio elétrico, mas com carros pequenos de som. Ele comemora ter constatado que na cidade de Olímpia não há preconceito em torno desta questão: "Olímpia não tem preconceito, é uma cidade de primeiro mundo", declarou.

Já sobre o público que compareceu e que considerou "maravilhoso" (sic) informou que contava com várias autoridades: "O presidente da câmara, o prefeito municipal, Cristina Reale e não se esquecer da dona Eudirce Benatti, que foi uma mãezona pra mim".

Na segunda-feira, também, Djalma Ribeiro já anunciou a III Parada GLSBT para o dia 24 de setembro de 2008. O evento deste ano, segundo informou, começou às 16h30 e terminou às 20 horas.

 

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