15 de novembro | 2010

Justiça tira poder familiar de mãe de cinco filhos menores

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Depois de muitas denúncias, inclusive de possíveis maus tratos, a juíza da Vara da Infância e Juventude de Olímpia, Andréia Galhardo Palma, extinguiu o poder familiar – antes denominado pátrio poder – de A. da S. B., de 37 anos de idade, mãe de cinco filhos menores, que reside no Jardim Santa Fé, zona leste da cidade.


Dos filhos, uma adolescente de 16 anos e uma criança de 12, que estão na Casa Abrigo de Barretos, que presta atendimento a maiores de 12 anos, inclusive para toda a região. Os outros três mais novos ainda, um deles um bebê de apenas oito meses de idade, estão na Casa Abrigo de Olímpia.


A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira, dia 12, pela conselheira tutelar, Patrícia Paula Ruiz. De acordo com ela, os filhos foram retirados da mãe no final do mês de outubro, durante uma audiência no fórum de Olímpia, por determinação da juíza.


A conselheira confirmou para a reportagem desta Folha, as informações divulgadas durante a semana que a mãe é considerada bastante problemática, inclusive expondo as crianças através de vícios, inclusive de uso de entorpecentes.


Consta que a mãe recebeu dezenas de cestas básicas da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Além disso, a secretaria a empregou em três ocasiões na Frente de
Trabalho, mas ela não conseguiu se firmar em nenhuma delas.


A informação é que faltava em demasia e não cumpria os horários de trabalho estipulados. Além, disso, estava sempre apresentando licenças médicas.


Em outra ocasião o próprio Conselho Tutelar arrumou um trabalho para ela na Escola Municipal Zenaide Rugai Fonseca, no Jardim Alfredo Zucca, conhecido por COHAB IV, onde também sempre causava problemas. Nesse caso ela teria ficado por apenas uma semana.


RENDA CIDADÃO
E BOLSA FAMÍLIA

Apoio não faltava. Consta que a mãe dos menores esteve até inscrita nos Programas Renda Cidadã e Bolsa Família. Além disso, financeiramente, tinha uma pensão alimentícia aproximadamente R$ 250 por mês.


Em uma determinada época, as contas de água e luz, e alugueis foram pagos pela prefeitura durante três meses. Consta também que ela recebia, a cada dois meses, um botijão de gás e pegava leite para as crianças na Unidade Básica de Saúde (UBS).


Até mesmo a entidade assistencial Vicentinos, prestou apoio a ela e, inclusive, chegando a mobiliar uma casa para ela, além de várias cestas básicas. Mas, segundo consta, tudo que ganhava era trocado por drogas.


Também foi divulgado que certa ocasião, ela foi filmada dentro da Secretaria de Assistência Social incentivando um dos filhos pequenos a mexer na bolsa de uma assistente social, enquanto ela ficava na porta dando cobertura para a criança.


FUNDO DO POÇO


Mas a situação dela se complicou um pouco mais quando foi detida pela Polícia Militar no final da manhã da quarta-feira, dia 10, por volta das 11h20, acusada de furto de roupas no comércio de Olímpia.


Ela foi presa em flagrante e encarcerada no Presídio Feminino de Jaborandi, por determinação do delegado João Brocanello Neto. Quando capturada, ela portava três bermudas masculinas, três camisetas unissex, um macacão feminino.
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