A Comissão de Direitos Humanos da 74.ª subsecção de Olímpia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), vai solicitar intervenção da justiça da comarca no sentido de transferir presos como forma de acabar com a superlotação da Cadeia Pública de Altair.

O presidente da OAB, advogado Gilson Eduardo Delgado, confirmou a informação para a reportagem desta Folha, depois que realizou uma visita ao local, acompanhado do coordenador da comissão, advogado Oscar Albergaria Prado, em atendimento a uma solicitação do prefeito Diogo Flores, "Dinho".

"A situação é bastante precária. Estivemos lá pessoalmen

te, entramos nas celas e conversamos com os detentos que estão em condições subumanas. Não há como continuar porque a gente sabe que todos os flagrantes serão encaminhados para Altair. E, lamentavelmente, a situação é quase que semelhante a de Severínia.

Com algumas peculiaridades em virtude da cadeia ser um pouco menor, mas a situação é muito grave", avaliou.

Delgado confirma revelação feita por parentes de detentos entrevistados pela reportagem desta Folha, de que há detentos que já apresentam problemas de saúde, inclusive sem que recebam o devido tratamento médico.

"Tem a situação dos presos doentes, em estado de saúde graves e bastante comprometido, sem a devida assistência médica. Este é outro fato que levaremos ao conhecimento da autoridade judiciária", reforçou.

No entendido do presidente da OAB estes presos que apresentam problemas de saúde deveriam receber um tratamento mais adequado num hospital penitenciário: "um hospital de custódia para esse tipo de tratamento ou um hospital público normal. O que não pode é continuar nessa situação que está, aguardando aqui dentro dessas condições precárias".

Ainda de acordo com Delgado, além da solicitação do prefeito para uma visita da Comissão de Direitos Humanos ao local, também houve um requerimento dos próprios detentos, também solicitando ajuda da entidade para a solução dos problemas que vivem. "Na medida do possível vamos tentar resolver o problema.

A OAB vai fazer a parte institucional dela porque a cadeia está muito lotada e a situação vai se agravar", finalizou.