09 de setembro | 2018

Paróquia de N. S. Aparecida faz trabalho sobre o uso consciente das redes sociais

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O Frei Mauro Luis de O­liveira (foto) da Paróquia Nossa Senhora A­pa­recida de Olímpia, revelou na última sexta-feira, que a sua paróquia vem utilizando as redes sociais no trabalho de evan­gelização que é realizado e, em razão disso, foi criada a Pastoral da Comunicação que trabalha junto a comunidade o uso consciente dos sites de relacionamento na in­ter­net.

Segundo o Frei Mauro, a pastoral chegou a conclusão que seria necessário u­tilizar estas ferramentas como Facebook e o Wha­tsa­pp nos trabalhos de e­vengelização. “As paróquias fazem isso, muitos grupos são criados e muitas vezes a ferramenta que de­ve­ria trazer benefícios, es­tá trazendo malefícios”, destacou.

“E não é de hoje que gos­taríamos de passar algumas orientações de co­mo utilizar essas ferra­men­tas através dos grupos, porque muitas vezes aquilo que se fala no privado é o mesmo que se fala no grupo. E muitas vezes as pessoas na necessidade de compartilhar e ainda mais no ano em que es­ta­mos vivendo de transição política, existe aquele instinto que fala mais alto, en­coraja a compartilhar coisas que a gente não vê direito”, enfatizou.

Frei alertou que muitas vezes o que as veem na in­ternet nem sempre é verdadeiro e é preciso checar se não é fake news.

“Então, fizemos uma re­união com os líderes da paróquia para estimular, passar orientações, de co­mo utilizar o Whatsapp. Vale dizer que também os meios de comunicações de Olímpia têm lançado pro­vocações para refletir. Porque, muitas vezes, está viralizando não as coisas do bem, mas os erros, e é de uma velocidade tamanha que a pessoa não tem proporção do estrago que pode ser feito às pessoas, às famílias, a grupos e até nas religiões”, detalhou.

O religioso adiantou alguns pontos que a paróquia tem tratado nos últimos meses. “Na própria internet você encontra coisas boas. É só entrar no Go­ogle que lá tem. No Youtube, por exemplo, é possível evangelizar. Tem pessoas que começam a rotular que a internet é o mal, mas a gente pode usar para o bem. Então, nós pegamos algumas sugestões, tornamos em reflexão, em como utilizar o Whatsapp nos grupos”, afirmou.

“Por exemplo, é preciso evitar textos e mensagens apelativas à política, à religião, à família, futebol. De repente o que era privado, se torna público, uma coisa é você com seus amigos, outra coisa é em público. Então começa a criar contendas em família. E o que aconteceu em nossa cidade? Nós estamos no mês de setembro, o mês de prevenção ao suicídio. E isto vale dizer, nos encorajou a refletir, o que é o suicídio. É a pessoa que tem um problema e ela não aguenta mais o que ela está enfrentando. Ela quer eliminar o problema. Uma pessoa suicida não tem capacidade de matar o outro, ela quer eliminar o problema. Então ela necessita de ajuda! E todo ser humano não é totalmente equilibrado. Há momento em que ele está desequilibrado e isso não quer dizer que não presta. Ela necessita de ajuda. Direção espiritual, de terapia, e as pessoas tem certa resistência”, explicou.

Outro ponto que é objeto de reflexão, segundo Frei Mauro é evitar as piadas. “Às vezes as expressões contidas nelas podem ser agressivas e que não nos acrescenta em nada. Piadas que de certa forma são agressões. O horário de você postar, isso também influencia muito. O excesso de áudio. Então está um grupo lá, de uma pastoral, de um movimento, de uma profissão de fé. Então existem coisas que não é para colocar no grupo. Chama no privado. Olha, eu quero falar com você! E as vezes existem pessoas no grupo que começam a criar coragem e falam o que não teriam coragem de dizer pessoalmente. Então ela começa a agredir. E quem agride, não vai progredir. Isso é um ponto que merece ser debatido entre nós”, contou.

E continuou: “Sem contar que muitas vezes a pessoa leva, por exemplo, a família que vai almoçar num restaurante, ela ta lá com a criança e a pessoa dá o celular para ela brincar ali na mesa inclusive enquanto eu posso comer. Cuidado, a dependência é uma doença. Então se vo­cê ficar dependente, e eu tenho certeza que não vai demorar muito, vai ter que ter clínicas para internar os dependentes dessas ferramentas”.

O religioso salienta ainda: “quanto mais usamos menos nós estamos lendo. Como é que fica o cérebro? Fica incapaz de abrir o leque mental. O que me preocupa muitas vezes é que a pessoa pega e não multiplica e ela esquece e já vai para outro assunto. Isso tem que ser assunto na nossa família, na nossa igreja. Tem que ser assunto. Não rotular, que isso é totalmente mal. Você pode usar para o bem”, concluiu.

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