30 de dezembro | 2007

PERSPECTIVA 2008: Sindicalista quer o fim da discriminação

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 Embora quando comente o lado profissional e as questões ligadas à sua categoria, mesmo com as muitas dificuldades lembra que há muito o que comemorar, o sindicalista Hilário Juliano Ruiz de Oliveira (foto), vice-presidente do Sindicato dos Bancários de São José do Rio Preto, disse que espera um 2008 com o fim da discriminação contra as pessoas que se opões aos "poderosos mandantes" e até que haja uma aproximação maior com as Organização Não Governamentais (ONGs), como é o caso da UEUO (União dos Estudantes Universitários de Olímpia), da qual foi diretor até meados deste ano e teve sua "cabeça pedida" pelo prefeito Luiz Fernando Carneiro.

O ano de 2007, para ele não foi a pleno de realizações, principalmente, em razão de não ter obtido o apoio financeiro necessário ao transporte dos estudantes universitários, que necessitam se deslocar para as cidades da região para fazerem os cursos escolhidos. "Não fomos contemplados com o repasse que era o principal objetivo da união (UEUO)", comentou.

Com esse repasse, justifica, seria menos oneroso aos universitários, que precisam de cursos ainda não oferecidos na cidade de Olímpia, buscar o estudo fora ou pagando o transporte ou mesmo auxiliando no pagamento da mensalidade.

E essa é uma questão que coloca como um grande desafio para o ano de 2008. Que a nova diretoria da UEUO consiga resgatar o auxílio financeiro. "É de suma importância valorizar o estudo universitário, que é tão importante quanto o ensino fundamental", avaliou.

Além disso, em 2008 espera uma maior aproximação do poder público para com as organizações de classe, ou seja, as chamadas ONGs, onde inclui sindicatos e entidades como a Santa Casa ou a UEUO.

Outro ponto que espera é o fortalecimento das associações de base e até a introdução do orçamento participativo, passando assim a democratizar mais a administração pública. "Fazer com que o povo participe de maneira efetiva discutindo com o prefeito o que é realmente mais interessante", acrescentou.

Ruiz de Oliveira considera também fundamental, que seja resgatado pelo poder público o elo com os governos federal e estadual, que considera um dos grandes problemas atualmente enfrentados.

"Poderíamos desenvolver vários projetos em parceria com o Estado e com a União, como, por exemplo, o Programa Médico de Família, que vejo como fundamental ser implantado na área de Saúde, pois acima de tudo é um programa de tratamento preventivo e amenizar o tratamento ambulatorial e, até mesmo, amenizar os atendimentos atualmente prestados pela Santa Casa", avisou.

A questão habitacional também foi citada pelo sindicalista como carente de ações de maior destaque: "nestes últimos anos tivemos uma oferta muito pequena de casas populares e existe uma demanda muito grande".

E por ser sindicalista não deixaria de lado as questões ligadas ao treinamento da mão-de-obra. Ao citar os maiores investimentos que vêm sendo realizados na cidade, lembrou que vão demandar de uma mão-de-obra qualificada e que isso poderia ser obtido através de parcerias entre o setor público e o privado.

Eleições

Até mesmo por ser vinculado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Ruiz não deixou de lado a questão eleitoral, mesmo porque 2008 é ano de eleições municipais, assunto que já vem sendo tratado nos bastidores.

Para ele será um ano em que haverá uma disputa muito grande: "com certeza do poder para se manter no poder ou de oposição tentando tomar o poder e a gente sabe que se desenha, talvez, quem sabe a possibilidade de três candidaturas ou até mais, pelo acompanhamento que temos feito da discussão política no município".

"E acho que vai levar quem realmente apresentar uma proposta que seja, além de defensável, possível de ser praticada, mas acima de tudo, aquele que conduzir o processo com ética e transparência, mostrando à sociedade que realmente tem interesse em fazer que o município tenha uma administração digna e voltada realmente para o interesse da população", acrescentou.

E foi quando falou do que espera da política em 2008, que fez menção ao fim da discriminação: "sem que haja discriminação a entidades ou pessoa porque participam deste ou daquele seguimento de oposição".

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