05 de fevereiro | 2007

Santa Casa só em 2005 passou a receber os R$ 50 mil da prefeitura

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Embora o prefeito Luiz Fernando Carneiro tenha reconhecido a existência do convênio firmado entre a prefeitura e Santa Casa desde dezembro de 2000, apenas em 2005 o hospital passou a receber o valor de R$ 50 mil mensais, previamente estipulado.

De acordo com a provedora da entidade, Helena de Souza Pereira, pelo menos foi esta a informação que encontrou junto a funcionários mais antigos do hospital.

Até então, segundo afirmou, a prefeitura pagava os plantonistas que atuam na emergência e outras despesas extras, como, por exemplo, quando algum paciente necessitava de uma UTI móvel para ser transferido para outra cidade.

A partir de 2005, quando começaram os repasses do convênio, o prefeito Carneiro cessou todos os demais pagamentos, ficando a entidade responsável por pagar ela mesma todas as despesas.

O reconhecimento da existência do convênio desde dezembro de 2000 pelo prefeito se deu através da justificativa ao veto que opôs à emenda ao orçamento de 2007, de autoria do vereador Eugênio José Zuliani, destinando o valor de R$ 300 mil para a Santa Casa, além dos R$ 50 mil mensais que vêm sendo repassados.

A justificativa apresentada pelo prefeito enseja que desde o final do mês de dezembro de 2000, ou seja, final do mandato do ex-prefeito José Fernando Rizzatti, não há revisão dos valores que são repassados à Santa Casa de Olímpia.

O prefeito justificou que o convênio reporta à quantidade de atendimentos pelo Pronto Socorro da entidade, já que o município não possuiu um em funcionamento, que entende não ter tido crescimento desde o ano de 2000 e que também não há estimativa para tanto.

PRONTO-SOCORRO
Por outro lado, segundo um levantamento que chegou à editoria desta Folha, no primeiro ano do primeiro mandato do prefeito Luiz Fernando Carneiro houve crescimento de 74,3% nos atendimentos do Pronto Socorro e de lá para cá vem mantendo a média, tendo uma queda razoável em 2006.

De acordo com um levantamento feito por Helena Pereira a partir de 1998, desde 2001 houve um crescimento de aproximadamente 59% na média anual de atendimentos.

Se comparados apenas os anos de 2000, quando o prefeito era o comerciante José Fernando Rizzatti, e 2001, quando passou a ser prefeito o médico Luiz Fernando Carneiro, o aumento de atendimentos teve um crescimento de 74,3%.

Por exemplo, enquanto a média mensal de atendimento em dezembro de 2000 era de 2.660,3 em janeiro de 2001 passou para 4.637,9.

Nos três últimos anos do prefeito José Fernando Rizzatti a média de atendimentos foi de 2.847,6 por ano. Já no período do prefeito Luiz Fernando Carneiro a média passou para 4.521,6.

Só para se ter uma idéia do movimento de pessoas na Santa Casa, em dezembro de 2000 o Pronto Socorro do hospital atendia cerca de 89 pessoas por dia. Já em janeiro de 2001 a média de atendimento subiu para 154 pessoas.

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