11 de fevereiro | 2018

Voluntária diz que sem a castração de cães e gatos situação pode ficar difícil

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Pelo panorama que tem encontrado na cidade atualmente, a voluntária Ge Dias, que junto com a professora Katia Gomes desenvolve trabalho de acolhimento de animais abandonados e em situação de risco em Olímpia, em entrevista no programa “Cidade em Destaque” da Rádio Cidade, na terça-feira, 6, explicou que somente a castração dos animais poderá evitar uma situação complicada no município de Olímpia.

Ela explicou que o número de animais domésticos existentes na cidade tem crescido ano a ano em Olímpia e, com eles, o abandono destes animais que, em muitos casos acabam morrendo à míngua. Nem o trabalho de seu grupo de voluntárias, nem o de várias ONGs – Organizações Não Governamentais existentes na cidade estão conseguindo atender a demanda cada vez maior por acolhimento de animais abandonados.

Segundo dados da Secretaria da Saúde de São Paulo, em 2015 Olímpia teria uma população estimada de 10.122 cães e 1.203 gatos.

Segundo a voluntária, os bairros que mais tem problemas são o Jardim Santa Fé e os novos bairros Harmonia e Morada Verde onde existem cachorros e gatos demais. E como não são castrados, pois seus proprietários não têm como pagar uma castração que hoje custa entre R$ 70 e R$ 100, se reproduzem muito rapidamente provocando a superpopulação. “Uma casa com duas cadelas, ou duas gatas, por exemplo, pode, em um ano passar deste número para mais de 10”, destacou.

Sobre os casos de maus tratos, Gê destaca que o mais grave que encontra é o de animais abandonados em canaviais onde não conseguem acesso fácil e estes acabam morrendo de fome ou até queimados. “Também tem muitos casos de pessoas que deixam o animal amarrado no fundo do quintal, no sol, sob chuva, sem água e nem comida. Mas hoje temos no Daemo Ambiental uma pessoa responsável por estas causas. É só ligar lá que eles tentam resolver os casos. A polícia ambiental, inclusive, tem vindo dar uma força, uma cobertura”, completou.

As voluntárias usam suas casas, de parentes, de amigos e até lares provisórios para abrigar a infinidade de animais que encontram abandonados e em situação de risco. E um destes animais, a Pantera, foi necessário até fazer uma ação entre amigos para poder custear o tratamento necessário. Gê Dias aproveitou sua participação no programa da rádio Cidade que também é transmitido ao vivo pelo Facebook para fazer o sorteio dos brindes conseguidos para ajudar a cachorrinha que, inclusive, acabou falecendo mesmo com o tratamento. Quem quiser ajudar com doações de ração ou qualquer coisa que sirva para os animais é só procurar a professora Kátia Gomes ou levar até a Rua Sete de Abril, 425, no centro, onde uma parente de Gê abriga dezenas de animais.

Daemo quer castrar quase 2 mil cães e gatos em 2018

DA REDAÇÃO COM ASSESSORIA

Estava marcada para a sexta-feira, 9, a realização de pregão presencial para a contratação de empresa para prestação de serviços veterinários visando a realização de procedimento cirúrgico de castração canina e felina em fêmeas. A Daemo Ambiental espera fazer a esterilização de quase dois mil cães e gatos no município.

A contratação dos serviços, segundo nota distribuída a imprensa, visa implementar políticas e programas de gestão de animais de pequeno porte e as castrações serão destinadas a atender exclusivamente as necessidades do município, a fim de atender os canis municipais, ONGs, entidades assistenciais e munícipes, em especial pessoas de baixa renda, visando conseguir a redução da procriação e proliferação de cães e gatos em estado de abandono.

Com o processo licitatório, a estimativa é de realizar cerca de 1.200 castrações caninas e mais 450 castrações felinas, sendo 140 castrações por mês, podendo variar conforme a necessidade.

Em 2017, segundo a nota à imprensa, a Daemo Ambiental realizou 155 castrações gratuitas em cães e gatos. A ação foi realizada em caráter emergencial nos bairros que apresentaram uma proliferação descontrolada, como Santa Fé, Morada Verde, Santa Ifigênia e nos distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos.

Pesquisa da USP traça comportamento e diferença entre donos de cães e gatos

Uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) em 2016 e encomendada pela fabricante de alimentos para animais Mars Brasil traçou o perfil de comportamento dos donos de pets e apontou as principais diferenças entre proprietários de cães e gatos.

No Brasil, 44,3% dos 65 milhões de domicílios possui pelo menos um cachorro e 17,7% ao menos um gato, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, há no total 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos no País.

Os proprietários de cães são, em sua maioria (51%), casados, têm, em média, 41 anos, e 93% moram com mais de uma pessoa. 82% dos proprietários de cachorros são de classe AB (na classe A, são 24%); 59% moram em casas. 24% adotaram seus cães, sendo 59% deles sem raça definida. 44% veem seus cachorros como filhos – a maioria dos que têm essa opinião é mulher solteira de até 40 anos. 64% dos entrevistados deixam os cães dormirem dentro de casa.
Já com relação aos proprietários de gatos, 61% dos donos são mulheres. 48% acreditam que os felinos entendam o humor dos donos. 45% veem seus gatos como filhos – a maioria dos que têm essa opinião é mulher solteira de até 40 anos.

Proprietários de gatos levam menos os pets ao médico veterinário – média de 2,3 vezes por ano, contra 2,8 no caso dos donos de cachorros. Os donos de gatos têm em média 40 anos, e 62% moram em casas.

Já entre os entrevistados que não possuem pets, a pesquisa mostra que 100% têm vontade de comprar ou adotar um animal de estimação. 90% pretendem adquirir um cão; 20%, um gato. 47% dos que não têm pets apresentam em média 37 anos. 25% moram com filhos de até 9 anos, 57% moram em apartamento e 94% já tiveram um animal de estimação antes.

Entre os motivos apontados para não ter um bicho de estimação estão não ter alguém em casa para tomar conta do animal enquanto está no trabalho, compromisso por muitos anos e os custos altos dos cuidados.

 

 

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