26 de agosto | 2012

Campanha morna

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Do Conselho Editorial

?Do início do começo da propaganda eleitoral disponibilizada nas ruas, facebooks, sites, jornais e agora no rádio, até a presente data, a sensação que se tem é de que a campanha deste ano poderá figurar entre as mais calmas de todos os tempos.

Fora os jornais oficiais, cujas figuras patéticas insistem na campanha difamatória dos que se opõem ao que se comenta ser seu mandatário.

Isto faz parte do universo das suspeitas, e elas existem exatamente por que indícios apontam em suas direções.

Estes jornais, rádios e blogs dos quais se duvida que sobrevivam apenas à custa de anunciantes, estão, talvez a mando de seu orientador, do pauteiro oficial, diminuindo a sua carga explosiva contra os adversários políticos do que se imagina está patrão e pretendente a reeleição.

Esta recuada estratégica neste início de campanha eleitoral no rádio tornou morno e mais apático o universo da disputa política.

Se de um lado isto possa parecer ruim, por outro pode se revelar muito benéfico, se considerar que a tendência é de que propostas mais sólidas de campanha terão que ser colocadas em discussão nos programas partidários e os jornais possivelmente irão dar uma contribuição mais significativa no processo de escolha do futuro mandatário da cidade.

Os candidatos por sua vez, colocaram sebo nas canelas e ganharam as ruas para convencer os eleitores de que suas propostas podem vir a ser as melhores para o comando da cidade de Olímpia.

Clima cordial e de campanha civilizada pelo menos no tocante as emissoras, jornais e blogs, com alguns exageros cometidos pelos eternos fanáticos que do alto de sua insignificância lançam uma ou outra pérola de ordem pessoal, como se fosse a destinação dos mandatários tomar para si o comando de alguma instituição cujo conteúdo de moralidade não permitisse um deslize pessoal daquele que pretende administrá-la.

Estes obtusos cidadãos, que infelizmente deixam evidente suas ligações com o poder local, enaltecem seu líder como se fora ele o ungido, um messiânico desprovido de pecados.

Sabe o conjunto da sociedade que não é bem assim, que contém o mandatário atual e seus concorrentes, as dificuldades de compreensão do universo, e a compreensão do mesmo, os defeitos e as qualidades inerentes a todos os seres humanos, sendo que a cada um pode ser acrescentado mais ou menos defeitos dependendo da ótica de quem olha.

Não sendo natural, que não se consiga visualizar nenhum deslize em um mandatário em final de governo, até porque do ponto de vista administrativo pode ser que haja vários, sempre dependendo da ótica de cada um.

Observados pelo prisma administrativo isto é possível, válido e bom para a democracia, por que pesa na hora da escolha.

No entanto, as análises de ordem pessoal, que estão circulando em número menor que no período que antecedeu o início do horário eleitoral, estas deveriam, como os panfletos que foram soltos na eleição passada, serem abominadas pelo eleitorado.

O eleito irá administrar uma cidade, não é pretendente a cargo de santo, o que tem que ser analisado é sua conduta pública e não pessoal.

O que se deve olhar é se ele corrompe ou deixa corromper-se, se rouba ou se não rouba, se tem hábitos que não condizem com o rito que o cargo exige, se é decente, se é honesto, se suas propostas são de enriquecer com o bem público ou de enriquecer o bem público com sua contribuição propositiva.

Isto e outras questões, entre elas a transparência, é o que deveria ser discutido em um governante, o resto é balela.

Pelo andar da carruagem, pela forma mansa como está transcorrendo o início da campanha, a impressão que se tem é que o resto está perdendo espaço para o principal, e isto é pra lá de bom, é ótimo.

Afinal, resto é resto, sempre foi e nunca deixará de ser.

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