A.Baiochi Netto

Pela internet teria sido dado a conhecer, há poucas semanas atrás, que determinado megamilionário da região de Araçatuba estaria investindo seus milhões na construção de um novo parque aquático, projetado e anunciado como “maior que o Thermas de Olímpia”, com fins comerciais, tendo como local o município de Andradina, naquela região.

A referência comparativa com o parqueolimpiense deixa evidenciada a projeção nacional alcançada pela nossa cidade, tendo como base, atualmente, tanto o Thermas como o Hot Beach.

A notícia deixa evidente, ainda, um fato novo: o surgimento da concorrência na área do turismo, motivada pela ascensão de Olímpia, fato e ocorrência dos quais jamais se poderia cogitar ou se poderia imaginar décadas atrás. Além dos interesses despertados no campo dos investimentos privados, tem-se conhecimento de que existem governantes municipais pré-dispostos a implantar parques aquáticos em seusmunicípios, com investimentos das Prefeituras, na busca de projetar suas cidades como centros turísticos.

Conforme já tivemos oportunidade de comentar em artigo anterior, tais investidas em outros municípios, na área do turismo, pouco ou em nada prejudicarão a posição dos parques locais. Isto pela simples razão de que Olímpia, hoje, também está dotada de uma infraestrutura turística que muito contribui para a afluência dos visitantes, concretizada através de investimentos particulares, da qual as cidades concorrentes carecem.

Essa infraestrutura a que nos referimos não é representada apenas pela alta capacidade de hospedagem, que está entre as maiores do Brasil, mas é constituída ainda pelos demais e diversos empreendimentos turísticos da área privada aqui concretizados e outros investimentos em fase de pré-lançamento.

O interesse de outras praças em estimular o turismo também é justificado pela projeção otimista quanto ao crescimento dessa atividade em todo país, após o fim da pandemia, como demonstram os dados recentemente divulgados pelo IBGE: em abril deste ano, a atividade teve um aumento de 85,7%, se comparado com abril de 2021. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FECOMERCIO, em abril o turismo, no estado, havia crescido 47,7%, ante 2021, no mesmo período.

Alfredo Baiochi Netto é advogado especialista em direito administrativo e tributário.