06 de outubro | 2013

Fora Silvia, Fora Eugênio

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Willian Zanolli
Fiquei boquiaberto com os discursos do Eugênio e seu grupo quando das justificativas em relação á morte do menino Pedro Henrique.

Agora nem bem se abafou as manifestações e outra morte com as mesmas características da anterior.

Estas situações não poderiam de forma alguma ser tratadas com o naturalismo que os encarregados da rede pública estão tratando.

Começam esfregando números na cara do cidadão, como se o cidadão não soubesse que números não provam nada.

O que prova alguma coisa é o palpável, o olho do cidadão sem movimentos, os músculos dando sinais da falta de existência, o pulso que não pulsa a vida que não vibra.

Podemos ir além, se estender pelo cheiro de flores que lembram à despedida da vida ou a vida no além, lembrar o choro desencantado dos familiares.

O inconformismo por ter de se despedir de alguém porque o poder público em quem deveriam confiar é incompetente, incapaz para solucionar o problema da saúde pública que se arrasta desde que Geninho sentou na cadeira de prefeito.

E mais inconformado ainda, devem ficar quando afirmam que não podem cuidar de uma simples dor de cabeça como se fosse um caso grave.
 

Não podem pedir exames para tudo.

Ai, não é argumentação, é reconhecimento de falta de profis­sionalismo puro, de falta de noção das coisas.

Seria como não saber que se está discutindo sobre a morte de alguém e que simplificar a ação que culminou no não ser da criança é ridículo. Absurdo e patético.
 

Uma virose rara, ou vamos investigar, isto soa a imaginar que se tem créditos depois de tantas mortes junto a população ao ponto de imaginar que o doa a quem doer soou como verdade verdadeira.

O governo malufista populista de Eugenio, voltado a obras faraônicas e não ao ser humano, imagina que a força do discurso basta para o convencimento das pessoas.

E o discurso às vezes acaba tão mambembe que não consegue iludir nem seus seguidores que fingem dar credibilidade a fala do líder como se fosse o supra sumo do convencimento.

Na tentativa de abafar o movimento dos moradores do Santa Ifigênia como é próprio da direita truculenta que Geninho Bondade representa, fez uso do discurso da inverdade para des­qua­lificar o líder do bairro.

Falou que Ismael que pediu em nome dos moradores do bairro a saída da Secretária de Saúde Silvia Elizabeth Forti Storti estava mais perdido que cego em tiroteio por que não sabia nem quem era a Secretaria de Saúde, e que foi candidato a vereador pela oposição.

Bom, vamos lá, em primeiro lugar se o líder do movimento, Ne­guinho Ismael, pediu em nome da população a saída da Secretaria e não sabia quem ela era, isto é muito, mas muito grave mesmo.

Se a fraquíssima Forti está desde o início do governo em uma Secretaria estratégica e o cidadão não sabe quem ela é, coerente que peça que ela saia, pois a insignificância de sua presença a frente da Secretaria fez com que seu nome e a relevância que o trabalho que deveria desenvolver não chegasse a população necessitada do Santa Ifigênia.

Mais grave ainda em se tratando de um ex-candidato a vereador, o que joga Silvia Forti enquanto Secretaria em um anonimato sem precedentes na história pública de Olímpia.
 

Coloca-a na condição merecida de técnica de gabinetes, movedora e removedora de papéis que não discutem nem a substância nem a essência dos problemas que se avolumam.

É preciso, para ser conhecido e reconhecido, vir à luz do sol, ouvir a voz das ruas, falar a alma da gente para ser reconhecido.

Geninho que falou que Ismael está mais perdido que cego em tiroteio, que é de oposição, que disputou uma eleição contra si.

Já Geninho, está mais perdido que barata em baile e mais por fora que dedão de franciscano.

Neguinho Ismael disputou uma eleição Eugênio, pelo Psol, esqueceu por bondade, ou pelas ma­licias políticas da vida?

Não posso crer que tenha mentido conscientemente apenas para desgastar a imagem de Neguinho, não posso crer nisto, mesmo que seja possível.

Neguinho Ismael é um cidadão como tantos e nesta condição poderia mesmo sendo candidato pela oposição, reivindicar seus direitos, mesmo que ditadores não reconheçam direitos aos que se opõem.

No caso dele, porém, o ditador populista e demagógico jogou com a inverdade para des­qua­lificá-lo, só isto.

Neguinho Ismael, como afirmado acima, foi candidato a vereador pelo Psol na eleição que Ge­ninho se elegeu pela primeira vez.

O Psol apoiou a candidatura de Eugênio.

Sim, Neguinho Ismael apoiou a candidatura de Eugênio, portanto a menos que Eugênio entenda como oposição até os que o apoiaram e nega a eles direitos garantidos constitucionalmente, ele falou além do que deveria.

Demonstrou do alto de sua truculência e arrogância que não sabe nem o que comeu ontem, não teria nada demais se Ne­guinho fosse de oposição, não tem obrigação de apoiar governos que entende que não funciona.

Só que cheira a um populismo indesejável diante de uma tragédia tão grave tentar reduzir a liderança do movimento com inverdades, quando se tivesse seriedade, deveria sentar e civilizadamente tentar buscar um caminho para solucionar o impasse criado pela incompetência administrativa de Eugênio e de Silvia.

Eugênio, porém, um menino ranheta, que não se curva diante da realidade prefere ir para os discursos vazios que nada tem a ver com a discussão séria e bem ao modelo ma­lufista vai invocar obras e números diante do trágico.

Tudo agora se concentra no governo Carneiro, quando Eugênio era vereador e dizia amém a tudo, e se tudo estava certo naquele período pra ele, como podemos nós acreditar que tudo que ele falou que estava certo naquele tempo pode estar errado agora?

 Ou faltou com a verdade naquele tempo que só falava amém a tudo ou falta com a verdade agora que tenta vender a idéia que os problemas vêm de lá.

Muitos vieram de lá e Eugênio como muitos vereadores foram omissos como estão sendo os vereadores calados de agora que falam amém a tudo que Eugênio faz e a hora que ele perder a cadeira, e esta hora chegará, culpa­bi­li­zarão Eugênio como Eugênio agora culpa seu ex-líder Carneiro por tudo que viu, assistiu e omitiu.

Uma coisa eu vi e vivi de perto, e denunciei e fico triste que a Saúde no tempo de Carneiro não era das melhores, e Geninho falou disto no palanque, e que iria resolver aqueles problemas em quatro meses.

Mais de quatro anos se passaram, sou obrigado a reconhecer que a grande capacidade da Secretária Municipal de Saúde, Silvia Forti e do prefeito atual Eugênio José, foi ter conseguido piorar e muito o que já era ruim.

A Saúde pública no governo de Geninho é tão ruim que faz parecer a alguns que a área de saúde pública anterior era ótima.

Uma pena que seja assim, pessoas estão morrendo, desculpas estão sendo criadas para justificar o suca­tea­men­to da área, e nós vamos escrevendo sobre esta situação ao longo dos anos.

Desta vez o povo solicitou o Fora Silvia.

O Neguinho Ismael que não é de oposição.

Que é apenas um simples cidadão.

Mediu o pulso da população, sentiu a solicitação.

Teve coragem de levar a mesa do ditador de plantão.

Este desprovido de coração que entenda a dor e a emoção.

Do povo sem esperanças ou ilusão de que faça algo em prol do povão.

Colocou lá na mesa o que foi tirado em reunião.

Um tremendo FORA SILVIA, que inocência.

Fosse oposição colocaria também o FORA EUGÊNIO.

Nestes dois é que mora a tal incompetência.

 

Willian Zanolli é artista plástico, jornalista, 62 anos de beira de córrego, nunca viu morrer tanta gente assim em Olímpia por atendimento considerado meia boca, Que medo.

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