17 de fevereiro | 2019

Niquinha tenta intimidar e amordaçar a Folha da Região

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Do Conselho Editorial

O que antes se pensava ser polêmico em Antonio Delomodarme, popular Niquinha, vai se tornando algo muito perigoso à democracia, por mostrar u­ma linguagem perversa, autoritária, antidemocráti­ca e avessa ao debate, prin­cipalmente agora, após assumir a presidência da Câmara.

Este jornal e outros meios de comunicação já publicaram muitos boletins de ocorrência e muita notícia negativa envolvendo o atual presidente da Câmara Municipal de Olímpia em razão de situações que se imputava ao seu jeito polêmico de ser.

Inclusive, esta semana, suas atitudes ásperas ganharam notoriedade duas vezes. Uma, com o registro de um boletim de ocorrências em que um empresário de futebol se disse a­gredido e intimidado por ele verbalmente.

O outro caso que teve repercussão estadual foi registrado oficialmente na Federação Paulista de Futebol e ganhou espaço, inclusive, nos noticiários esportivos que cobrem o cam­peonato que o clube em que ele dirige disputa, a série A3.

Neste caso, mais grave, Niquinha é acusado de ter ameaçado de morte o trio de arbitragem após a partida em eles trabalharam em Olímpia no domingo, dia 10.

Niquinha, inclusive, ao explicar e assumir que teria pelo menos admoestado verbalmente os representantes da Federação, reforçou para o UOL, e fez lembrar um dos momentos mais marcantes do “Cir­co da Aurora”, quando ameaçou bater de cinta em outro vereador. Deu a entender, com todas as letras que os integrantes do corpo de arbitragem precisavam levar umas cintadas como corretivo.

Portanto, os últimos a­contecimentos têm demonstrado que as atitudes do vereador presidente Niquinha deixaram o terreno da polêmica e ganharam contornos nítidos de autoritarismo e de ataque violento e sistemático a tudo que contrarie sua vontade ou desejo.

Não bastasse as notícias do meio futebolístico, on­de a fracassada participação do Olímpia Futebol Clube se tornou notícia nacional pelo destempero do presidente do Clube, o indigitado Niquinha e os inúmeros incidentes com técnicos, jogadores de futebol, empresários, mídia.

Na condição de presidente do Legislativo local, pelo que se depre­en­de dos bastidores, Niqui­nha tem promovido escaramuças, “bafões” na Câmara Municipal que têm rendido comentários ca­da vez mais preocu­pan­tes sobre o seu isolamento e o comportamento não muito adequado na direção daquela casa.

Nas suas frequentes e já conhecidas brigas por qualquer motivo banal, demonstra estar decidido a tentar calar a mídia local pelo enfrenta­men­to, pelo terror e pela ju­dicializa­ção.

O presidente Niquinha tem ameaçado e intimidado um jornalista detentor de um blog local e agora investiu judicialmente contra este jornal, com o que se presume possa ser uma tentativa de intimidar o Editor do jornal e da Coluna do Arantes.

Desde muito o jornalista José Antonio Arantes em sua coluna se refere á Câmara Municipal como se fora um circo em razão de alguns espetáculos ali ocorridos que lembram muito mais a teatraliza­ção e o espetáculo que provoca risos e lágrimas do que propriamente uma casa legislativa interessada em discutir os anseios da população.

Necessário lembrar que nunca buscou macular a honra de quem quer que seja com a metáfora ilus­tra­tiva da ocorrência da “espetacularização” em alguns acontecimentos o­cor­ridos naquele espaço, levados a efeito por atores políticos ou por expecta­dores, cidadãos presentes a seção.  

Em atitude quase idêntica levada a efeito há vários anos, a utilização do “Circo da Aurora”, já foi objeto e ação na justiça que deu ganho de causa para o jornalista.

Derrota que poderá ser caminho que as indicações iniciais parecem demonstrar será tomada pelas intenções de Delomodarme que são nitidamente cas­tradoras da liberdade de imprensa, como eram as ocorridas no passado.

Vale salientar que à época, de triste memória, um vereador teve seus direitos políticos cas­sados e perdeu seu mandato de vereador por improbidade pela prática de nepotismo em razão de uma ação impetrada pelo jornalista e advogado José Antonio Arantes.

O ataque desferido por Antonio Delomodarme ao jornalista José Antonio Arantes e sua filha Bruna Arantes, que foi inadmiti­do pela justiça local somado a outros incidentes pro­vocados pe­lo autoritário atual presidente do Legis­la­tivo, nesta e noutras funções que exerce, mostra alguém totalmente despre­parado, sem muitas condições de estar à frente do comando de instituição tão cara a luta e preservação dos direitos da população.

O crescente destas situações pode evidenciar que a projeção da ideia de sucesso e de impunidade operou uma metamorfose para muito pior no comportamento, que já não era dos mais sociáveis, do presidente do Legislativo.

Preocupante que suas ações se apequenem e pa­utem pela falta de e­quilíbrio e ponderação, excessos, violência, tru­culência, falta de diálogo e tentativa de amordaçar a imprensa e intimidar a­dversários, quando a regra deveria ser a do debate e da conciliação.

Continuar assim a população verá em condições catastróficas o que já não era bom e se o Legislativo for a fábrica do caos, do desrespeito e da falta de debates democráticos tudo mais também será.

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