31 de julho | 2022

O que o futuro reserva: democracia ou ditadura?

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“O temor está expresso no Manifesto em defesa
da democracia
e do sistema eletrônico de
votação que já ultrapassaram
as 400 mil assinaturas”.

 

Do Conselho Editorial

Mesmo que muitos cérebros embotados não consigam visualizar a gravidade da situação criada pelo atual mandatário nas suas infelizes declarações em favor de um regime ditatorial, a questão existe e a sociedade resolveu debatê-la à luz do dia.

Desde o início do mandato o presidente atual vem atuando de forma muito clara no desmonte e na desmoralização das instituições com certo afinco.

Não só brasileiros com algum nível de consciência social,mas também cidadãos estrangeiros de países civilizados que se relacionavam civilizadamente com o Brasil, têm demonstrado apreensão com os rumos tomados nos últimos tempos e temem o retorno a um regime ditatorial.

Ocorreu, além do desmonte da máquina pública e visível aparelhamento do Estado, o armamento da população civil em níveis assustadores.

É notório o número de militares no poder, o apoio de parte das policias militar e civil, além dos milicianos, ao atual presidente e suas políticas públicas de armamento da população e de estímulo direto a violência.

Todas estas situações de estímulo ao que pode haver de equivocado na construção de uma sociedade minimamente civilizada, vêm sendo trazidas a público pelo presidente e seus seguidores e o termômetro da violência vem ampliando sua temperatura.

Os ataques a quem diverge da atual política tem sido fora dos padrões de normalidade e incluem de xingamentos a ameaças de morte.

E a cada pesquisa dando conta da possibilidade da eleição vir a ser resolvida no primeiro turno em favor do ex-presidente candidato, a pressão aumenta e o nível de ameaças também.

O STF já ordenou algumas prisões e possivelmente outras ocorrerão, assim como houve atentados, uma morte e pelo andar da carruagem a possibilidade de acontecimentos graves virem a acontecer no período eleitoral.

O presidente, incansável na criação de Fake News e discursos de preconceitos e ódio,tira não se sabe de onde energia negativa para a cada dia criar uma situação insólita para desprestigiar o cargo de primeiro mandatário e envergonhar a nação.

Seus excessos antidemocráticos conseguiram tirar da inanição o governo americano que demonstrou preocupação com o caráter ditatorial que o bolsonarismo aliado a alguns militares pretende impor às próximas eleições.

A motivação de preocupação dos americanos e de representantes de outros países que louvam a democracia foi a inglória reunião do presidente com diplomatas de vários países ameaçando não aceitar o resultado das eleições e ofender membros do TSE e STF.

Não poderia ter sido pior o resultado. A sociedade civil percebeu que não se tratava de loucura passageira, histrionice, bufonaria, fanfarronice deum bobo da corte que toma o assento do mais alto poder da nação.

Abriu-se os olhos e percebeu-se que não tratava apenas de estupidez, falta de noção ou bom senso e sim de um golpe planejado, articulado, que poderia culminar em uma tragédia com consequências bem maiores do que a que ocorreu com a invasão do Capitólio.

Ocorreram manifestações públicas de autoridades que jamais se manifestariam caso não percebessem um claro risco à democracia brasileira.

Meios de comunicação pelo mundo afora noticiaram o ridículo de um presidente convocar a diplomacia para tratar de questões internas, de questões políticas, como se não tivessem o mandatário e os órgão internos capacidade de resolução de situações eleitoreiras banais e que nunca foi problema no país.

O desgaste da imagem do país e do presidente pelo ineditismo da situação na classe política, empresarial, classe artística, jurídica, formadores de opinião, organizações sociais, igreja, sindicatos, etc., foi sentida e está presente no Manifesto em defesa da democracia e do sistema eletrônico de votação que já ultrapassaram as 400 mil assinaturas.

O documento foi organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) e conta com o apoio de organizações da sociedade civil.

O manifesto refletiu na campanha do presidente candidato e não se sabe o que a repercussão nacional e internacional deste documento, somada a pressão internacional pode trazer como resultado para as pretensões democráticas expressadas pela maioria e os desejos ditatoriais do mandatário e sua caterva.
O destino estará entre a malta, súcia, vadios, desordeiros, pessoas de mau comportamento; gabinetes do ódio que atuam com a destruição de reputações e o retorno a civilidade, as manifestações bem-educadas, ditas com cortesia e demonstradas com urbanidade.

Em outubro ou no segundo turno se saberá o que o futuro reserva ao brasileiro.

Será democracia ou ditadura?

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