25 de março | 2018

Pimenta se assemelha a insignificância cuidando de um Legislativo medíocre

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Do Conselho Editorial

É uma pena que seja, assim sendo como é, principalmente se o envolvido cria expectativas em uma população tão carente de mitos e necessitada de uma luz que as guie na direção do fim do túnel.

Ao longo dos anos o cidadão brasileiro vem se decepcionando com suas lideranças e o entristecedor é que os atores políticos parecem que fazem por desconstruir suas próprias imagens através de suas ações que seriam mais falta de ações que tudo.

O carreirismo, o desejo de alçar voo em direção a outras instâncias de poder, faz com que ceda a princípios caros à maioria e deteriore sua imagem e credibilidade junto aos apoiadores e liderados.

Gustavo Pimenta parece ser o caso típico do político que quando saiu do limbo político para disputar a eleição na condição de vice de Geninho, forneceu a alguns a sensação de que nasceria uma liderança atuante, capaz e moderna e, aos poucos, foi por si mesmo comprovando que era apenas mais do mesmo piorado.

Na condição de vice-prefeito sua atuação não passou de uma sombra que parece ter assumido todas as falhas e defeitos do governo que apoiava, pelo menos não consta manifestação sua contrária a esta constatação.

A frente da Secretária de Assistência Social, diferentemente de sua ante­cessora Cristina Reale, que desenvolveu um trabalho assistencialista e conseguiu se cacifar para ser candidata a vice-prefeita, nada mais fez que o arroz e feijão sem tempero algum, não havendo de sua passagem por lá registro de uma política assistencial merecedora de elogios.

Da mesma maneira aceitou a missão inglória de ser interventor na Santa Casa de Misericórdia, expulsando de lá alguém que colocou a instituição entre as melhores do Estado, para após a intervenção, chegar na situação que chegou pelas intervenções ridículas do governo decadente  de Eugênio José, a quem servia.

E hoje se conhece, pelo menos em parte, os des­mandos provocados e a situação de penúria em que foi entregue a Santa Casa de Misericórdia após a passagem da intervenção Genial, que prometia recu­perá-la e transformá-la em um hospital de referência.

Gustavo Pimenta, em tese, tem parte desta culpa, visto que após o período da intervenção sustentou que aquele hospital já havia se recuperado e estava preparado para que fosse levado a efeito a eleição de nova diretoria.

As patetices e os desdobramentos delas são sentidos até hoje na instituição.

Na condição de vice alimentou a ideia de que poderia ser candidato a prefeito e após longos oito anos no governo, por ina­petência, incapacidade de dialogar, falta de tra­quejo, inexperiência, foi expelido da disputa do cargo majoritário e aceitou a redução da condição de vice-prefeito para a de vereador.

Não sem antes atribuir aos seus próximos e ao prefeito com quem concordava parte da culpa da sua não participação na disputa na condição que desejava.

Disputou a eleição em chapa contrária a que deveria ser recepcionado, foi eleito, assim como foi eleito o candidato de sua preferência que se opunha ao candidato do então ex-prefeito.

Em síntese, na disputa eleitoral o que parecia haver para a população entre o candidato eleito e o candidato de preferência do ex-prefeito era uma briga de comadres, nada relevante em princípio e que foi sendo levado aos barrancos e trancos para o rompimento que se configura hoje.

Pimenta, que tudo indicava, estava rompido com o Genial por não ter emplacado sua candidatura, deve, pelo que se comenta nos bastidores, ter negociado para apoiar o atual prefeito, entre outras coisas, a futura presidência da Câmara.

Se não negociou, pelo menos é isto que se comentava à época.

Porém, à frente do Legislativo, até a presente data, tem demonstrado a mesma insignificância e apatia que o distinguiu em suas passagens pelos diversos polos de poder a que teve acesso e cuja percepção de sua presença por lá não pode ser tratada como significativa ou marcante.

Vice-prefeito sombra, Secretário ineficaz, in­terventor que não se sabe a que foi, guindado a condição de presidente da pior Câmara dos últimos cem anos, considerando-se a Presidência do Legis­lativo como catapulta a eleição majoritária, é de se destacar que o que era horroroso em seu comando ganhou características de esculhambação, de casa sem comando.

Não se pode atribuir a ele, Gustavo Pimenta, culpa pelos acontecimentos ridículos e grotescos que tem acometido aquela ca­sa nos últimos tempos, no entanto, não há como negar que sua passividade e leniência aliada a sua falta de liderança e comando transformaram aquele espaço de discussões legis­lat­ivas, em tudo, menos em algo que se possa reputar como sério e respeitável.

Os maiores e piores absurdos de lá tem saído ao custo de milhões desembolsados pelo contribuinte e a sensação que se tem é a de que o presidente, Gustavo Pimenta, ao invés de tomar atitudes públicas corretas e coerentes fica negociando nos corredores operações abafas para os escândalos que lá ocorrem.

As últimas e vergonhosas brigas com acusações que deveriam ser apuradas pelo restabelecimento do respeito a aquela casa de leis, ao que tudo indica tomará o destino da CEI do Salata que até a presente data ninguém sabe no que deu, mas, se desconfia que houve operação abafa.

Da mesma forma o que pode ser a vergonhosa contratação de um jornalista local em possível des­cumprimento a lei, que contou com a leniência e passividade do inexpressivo Pimenta, cuja voz só parece se alterar contra os que assistem a sessão e se incomodam com tanta besteira dita por homens públicos que deveriam ter discerni­mento e respeito pelo seu povo e muitas vezes não tem.  

É uma pena que políticos como Gustavo Pimenta, nascidos da ilusão e esperança da categoria que representa e do povo que aspira melhorias na política, tenha escavado sua vala comum e nela se jogado através de atitudes que poderiam ser outras, tão exigíveis nestes tempos de combate a corrupção, por falta de pulso e vocação para liderança.

Unido a isso, parece se fechar dentro de seu gabinete, demonstrando total falta de transparência, não respondendo nem os questionamentos feitos pela imprensa. Se esconde sabe-se lá por que razão. Talvez por não ter explicação para o seu inexplicável pífio desempenho à frente de um poder que deveria se pautar pela total transparência e abertura para o debate.

Frustrando as expectativas de muitos de seus seguidores infelizmente Gustavo Pimenta se assemelha a insignificância cuidando de um Legislativo medíocre.

Como sempre é tempo, ainda é tempo.

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