04 de outubro | 2015

Política, certo e errado existem?

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Do Conselho Editorial

É voz comum, anda na boca do povão a idéia de que política é a arte da enganação, do embuste, da falsidade, da corrupção.

Até onde isto pode ser verdadeiro ou não, ou os limites destas ponderações que constatadas no dia a dia tornam a vida do país um caos, é o que todo brasileiro deveria tentar entender.

Para isto deveria ler alguns jornais de grande circulação e, lógico, os que circulam em sua cidade, o que daria pelo menos um panorama do que é a distorção da realidade que muitas vezes é transportada para o plano do virtual, visando a deixar a informação que privilegia quem está no poder como dominante e verdadeira.

No entanto, na comparação entre uma notícia e outra, uma leitura mais atenta, possivelmente, com o tempo, fará com que até o eleitor mais desatento perceba a clara manipulação que é desenvolvida pelos meios de comunicação para que os mesmos se perpetuem no poder.

A começar que os grandes jornais e órgãos de comunicações, afora as exceções, são vinculados a grupos políticos e evitam notícias que possam produzir agenda negativa para estes grupos.

Nas cidades do interior o fenômeno surpreende mais ainda, pois a maioria dos meios de comunicação não só são atrelados ao poder como, vergonhosamente, são é sustentado com dinheiro oriundo dos cofres públicos.

Este dinheiro sai de diversas maneiras dos cofres públicos e migram para jornalecos panfletários e rádios comprometidas com a alienação e o continuísmo.

Seja através de cargos em comissão, através de agências que ganham licitações feitas nas coxas, notas frias de gráficas, propaganda de fornecedores do poder público e uns cem números de reprováveis gambiarras.

A mesma prática que o homem público utiliza para corromper o sistema faz uso para corromper a mídia, o mesmo dinheiro retirado pelas famosas metadinhas por cargos indicados a gentalha que não trabalha e grita nas manifestações contra a corrupção, ou o que é desviado para cargos comissionados que a cota parlamentar indica parasitas achacadores do poder público é o mesma prática e a mesma grana que corrompe os eleitores na época de eleição.

Assim como o registro fraudado nas diversas bolsas distribuídas pelos diversos governos, o mesmo que facilita casas populares para os amigos do alheio e dos políticos alheios a pouca vergonha que transformaram este país, onde, político e ladrão, só se distanciavam um do outro, por que político antes não ia parar na cadeia, agora, parece que vai.  

Tem mais, muito mais, as licitações fraudulentas, os concursos que se sabe o resultado e as pessoas que serão indicadas para os cargos, os favores a alguns e as perseguições a outros, tudo faz parte do pacote de bondades e maldades distribuídas pelo “homem público”

Poderia ser diferente, mas não é, muito por culpa da indiferença do povo brasileiro, ou até do desejo, da vontade de participar das falcatruas.

Poucos desconhecem o sistema de fraude de alguns projetos do governo, poucos não sabem a quantidade de universitários beneficiados com bolsas que não preenchem os requisitos exigidos, que omitiram dados como na questão habitacional que atinge pessoas de baixa renda, privilegiando quem não precisa em detrimento de quem necessita.

Muitas coisas afastam o povo da política e dos políticos, e estas coisas que são acontecimentos nefastos a sociedade, poderia, em apertada síntese, ser de forma diferente do que é, não fosse o cenário político tão vastamente dominado por indivíduos gananciosos, mercenários, corruptos para quem a visão de lucro não respeita nem o amor que se deveria ter pelo país.

O eleitor que maioria das vezes não se comporta como verdadeiro cidadão, e o cidadão que não se comporta com civismo também dão sua contribuição para que por mais que se combata a corrupção mais ele cresça e apareça, por conta da indignação seletiva e de mentira.

É preciso mudar e com urgência, é intolerável conviver com tanta ilegalidade, com tanto malfeito, com a idéia da impunidade, com um país comandado por facínoras, meliantes, pela escória da sociedade.  

Até quando irá o povo desta república indagar se em política, certo e errado existem?

 

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