10 de janeiro | 2016

Rodrigo Garcia no olho do furacão?

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Do Conselho Editorial

A administração de Eugênio José Zuliani, mesmo que não gostem, ele e seu próximos locais, nunca foi de fato uma administração de Zuliani. Tinha e tem muito mais a marca de Rodrigo Garcia que do prefeito da foto.

Por mais pose que ostente que seja, por mais que seu marketing tente driblar esta fragilidade, nos bastidores e no imaginário popular, Geninho pensa que pode tudo, quando, pode ou bem menos, ou quase nada.

Seria apenas um apenso, um supérfluo, o que conquistou o direito de se sentar na cadeira por conta das estratégias traçadas pelo grupo e, por mais que se esforce, não consegue ir além disto.

Havia a necessidade de alguém no lugar estratégico que é a cadeira de prefeito para que o grupo de Rodrigo Garcia comandasse a cidade de Olímpia, e Eugênio, hábil, matreiro, de bom trânsito com o povo e com as lideranças cumpria este papel, desempenhava relativamente bem a função de submissão ao grupo.

Em razão disto, segundo os pensadores políticos locais, está no lugar em que está.

Some-se a isto, que não se pode deixar de lhe conferir as qualidades que se lhe apregoam por ai: é liso, lambari de corredeira, bom de convencimento. Habilidoso, levou sua facilidade de cooptação para a seara federal e conseguiu muitas emendas para a cidade, lógico que sempre amparado pelo seu tutor deputado federal, no comando da secretária Estadual de Habitação, com tentáculos na esfera federal.

O grupo de Garcia colocou em lugares estratégicos da administração atual muitos dos nomes ligados ao seu grupo, já no início da administração, que ficou sendo conhecida como a República de Votuporanga.

Ao longo do governo foram muitas e sentidas as intervenções do grupo de Garcia, mesmo que nos bastidores, nas questões centrais que se debatia o governo de Geninho.

Na última eleição para deputado o nome de Rodrigo, muito embora tenha sido bem sucedido no tocante ao número de votos, só não foi além, em razão do racha promovido pelo vice-prefeito Gustavo Pimenta, que optou por Bruno Covas e, ao que se sabe, não foi e não é digerido pelo grupo de Garcia.

Há uma cisma ai e esta cisma reflete exatamente nas escolhas evocadas por Eugênio José em sua última entrevista, quando declara que irá apoiar um dos três pré-candidatos ligados ao grupo que desponte nas pesquisas de opinião pública.

Ocorre, porém, que um destes candidatos está pré-candidato por sugestão, ou imposição, que seria a palavra mais adequada, do grupo de Garcia, que ao que tudo indica, não crê nas preferências locais apontadas por Eugênio.

Um, porque embora possa ter um pouco de carisma, sofre de um imobilismo letal e seu discurso parece muito mais recomendação a ficar calado do que qualquer outra coisa, como diria Romário, calado é um poeta. Não faz parte do grupo de Garcia. Contra si, conta com multa eleitoral com trânsito em julgado e investigação no plano federal no caso das frentes de trabalho.

O outro, é de convivência intragável, segundo revelam os que são obrigados a suportá-lo no dia a dia; o espalha roda, não demonstra carinho e nem afeto, tem posturas arrogantes e embora pontue bem nas pesquisas, tanto quanto o outro, sua rejeição em razão da sua falta de cordialidade é muito alta, além de ocorrências alvo de investigações que podem  fornecer palanque negativo a si.

O terceiro apontado, embora olimpiense, não há como avaliar a reação do eleitorado e nem do próprio, visto que não há material suficiente para análise, enquanto dos outros há sobra de material e fadiga.

Foi candidato bem sucedido nas urnas locais, tem experiência, mas terá de enfrentar as dificuldades de ter seu nome vinculado ao grupo de Garcia.

O que não faz parte do grupo de Garcia, se não houver uma composição, não terá o aval de Geninho de forma alguma, segundo os entendidos. Se houver será mais um a reembarcar no grupo de Garcia, com o qual promoveu o rompimento nada eterno das conveniências políticas.

Toda esta análise, no entanto, esbarra em uma dificuldade muito recente e que trata das denúncias levadas ao ar pelo SBT, onde uma delação premiada na Operação Lava Jato coloca o nome de Rodrigo Garcia de volta no olho do furação.

Como se sabe, nas denúncias relacionadas aos desvios de verbas públicas ocorridos no Metrô de São Paulo e que envolvia o nome do deputado Rodrigo Garcia o inquérito havia sido arquivado por faltas de provas pelo STF.

As novas denúncias levadas a efeito na operação Lava Jato reabre esta questão e, muito embora o que está sendo questionado seja a participação do irmão de Rodrigo no esquema, por ser ele detentor do mandato, conclui-se que pode haver a possibilidade de estar por trás das possíveis ilicitudes.

Isto, caso prospere e se conclua que há sua participação, sem sombra de dúvidas respingará em si e refletirá não só na organização do grupo, que já se fragilizou na operação da Máfia do asfalto, com interferência na próxima eleição municipal.

Muitas questões políticas e econômicas estão em jogo no pleito de 2016 e o baralho se não for bem embaralhado fará deste pleito um dos piores acontecimentos políticos de Olímpia em todos os tempos.

E o grupo de Rodrigo Garcia, representado por Eugênio José, sabe exatamente o que está em jogo e o que representa para suas economias e sobrevivência política a próxima eleição e por isto colocarão todas as suas armas nas ruas para saírem vitoriosos dela.

E, ao contrário do que se possa imaginar, uma investigação que envolva o nome da principal liderança do grupo, que é Rodrigo Garcia, caso prospere, mudará muitos aspectos do jogo, muitas estratégias, muitas frituras, muitas traições, tudo em nome do poder, que traduzido, pode ser chamado também de dinheiro.

Quem viver e sobreviver verá.

Do Conselho Editorial

A administração de Eugênio José Zuliani, mesmo que não gostem, ele e seu próximos locais, nunca foi de fato uma administração de Zuliani. Tinha e tem muito mais a marca de Rodrigo Garcia que do prefeito da foto.

Por mais pose que ostente que seja, por mais que seu marketing tente driblar esta fragilidade, nos bastidores e no imaginário popular, Geninho pensa que pode tudo, quando, pode ou bem menos, ou quase nada.

Seria apenas um apenso, um supérfluo, o que conquistou o direito de se sentar na cadeira por conta das estratégias traçadas pelo grupo e, por mais que se esforce, não consegue ir além disto.

Havia a necessidade de alguém no lugar estratégico que é a cadeira de prefeito para que o grupo de Rodrigo Garcia comandasse a cidade de Olímpia, e Eugênio, hábil, matreiro, de bom trânsito com o povo e com as lideranças cumpria este papel, desempenhava relativamente bem a função de submissão ao grupo.

Em razão disto, segundo os pensadores políticos locais, está no lugar em que está.

Some-se a isto, que não se pode deixar de lhe conferir as qualidades que se lhe apregoam por ai: é liso, lambari de corredeira, bom de convencimento. Habilidoso, levou sua facilidade de cooptação para a seara federal e conseguiu muitas emendas para a cidade, lógico que sempre amparado pelo seu tutor deputado federal, no comando da secretária Estadual de Habitação, com tentáculos na esfera federal.

O grupo de Garcia colocou em lugares estratégicos da administração atual muitos dos nomes ligados ao seu grupo, já no início da administração, que ficou sendo conhecida como a República de Votuporanga.

Ao longo do governo foram muitas e sentidas as intervenções do grupo de Garcia, mesmo que nos bastidores, nas questões centrais que se debatia o governo de Geninho.

Na última eleição para deputado o nome de Rodrigo, muito embora tenha sido bem sucedido no tocante ao número de votos, só não foi além, em razão do racha promovido pelo vice-prefeito Gustavo Pimenta, que optou por Bruno Covas e, ao que se sabe, não foi e não é digerido pelo grupo de Garcia.

Há uma cisma ai e esta cisma reflete exatamente nas escolhas evocadas por Eugênio José em sua última entrevista, quando declara que irá apoiar um dos três pré-candidatos ligados ao grupo que desponte nas pesquisas de opinião pública.

Ocorre, porém, que um destes candidatos está pré-candidato por sugestão, ou imposição, que seria a palavra mais adequada, do grupo de Garcia, que ao que tudo indica, não crê nas preferências locais apontadas por Eugênio.

Um, porque embora possa ter um pouco de carisma, sofre de um imobilismo letal e seu discurso parece muito mais recomendação a ficar calado do que qualquer outra coisa, como diria Romário, calado é um poeta. Não faz parte do grupo de Garcia. Contra si, conta com multa eleitoral com trânsito em julgado e investigação no plano federal no caso das frentes de trabalho.

O outro, é de convivência intragável, segundo revelam os que são obrigados a suportá-lo no dia a dia; o espalha roda, não demonstra carinho e nem afeto, tem posturas arrogantes e embora pontue bem nas pesquisas, tanto quanto o outro, sua rejeição em razão da sua falta de cordialidade é muito alta, além de ocorrências alvo de investigações que podem  fornecer palanque negativo a si.

O terceiro apontado, embora olimpiense, não há como avaliar a reação do eleitorado e nem do próprio, visto que não há material suficiente para análise, enquanto dos outros há sobra de material e fadiga.

Foi candidato bem sucedido nas urnas locais, tem experiência, mas terá de enfrentar as dificuldades de ter seu nome vinculado ao grupo de Garcia.

O que não faz parte do grupo de Garcia, se não houver uma composição, não terá o aval de Geninho de forma alguma, segundo os entendidos. Se houver será mais um a reembarcar no grupo de Garcia, com o qual promoveu o rompimento nada eterno das conveniências políticas.

Toda esta análise, no entanto, esbarra em uma dificuldade muito recente e que trata das denúncias levadas ao ar pelo SBT, onde uma delação premiada na Operação Lava Jato coloca o nome de Rodrigo Garcia de volta no olho do furação.

Como se sabe, nas denúncias relacionadas aos desvios de verbas públicas ocorridos no Metrô de São Paulo e que envolvia o nome do deputado Rodrigo Garcia o inquérito havia sido arquivado por faltas de provas pelo STF.

As novas denúncias levadas a efeito na operação Lava Jato reabre esta questão e, muito embora o que está sendo questionado seja a participação do irmão de Rodrigo no esquema, por ser ele detentor do mandato, conclui-se que pode haver a possibilidade de estar por trás das possíveis ilicitudes.

Isto, caso prospere e se conclua que há sua participação, sem sombra de dúvidas respingará em si e refletirá não só na organização do grupo, que já se fragilizou na operação da Máfia do asfalto, com interferência na próxima eleição municipal.

Muitas questões políticas e econômicas estão em jogo no pleito de 2016 e o baralho se não for bem embaralhado fará deste pleito um dos piores acontecimentos políticos de Olímpia em todos os tempos.

E o grupo de Rodrigo Garcia, representado por Eugênio José, sabe exatamente o que está em jogo e o que representa para suas economias e sobrevivência política a próxima eleição e por isto colocarão todas as suas armas nas ruas para saírem vitoriosos dela.

E, ao contrário do que se possa imaginar, uma investigação que envolva o nome da principal liderança do grupo, que é Rodrigo Garcia, caso prospere, mudará muitos aspectos do jogo, muitas estratégias, muitas frituras, muitas traições, tudo em nome do poder, que traduzido, pode ser chamado também de dinheiro.

Quem viver e sobreviver verá.

 

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