30 de setembro | 2012
Semana da farsa e da mentira eleitoral
Do Conselho Editoral
Quem vive e conhece política sabe e muito bem que a semana vindoura será a semana em que se dará maior ênfase à farsa, à burla, à mentira, à falsidade e à corrupção na política.
Mesmo que neguem ou que não se comprove, por que a omissão e o medo não permitem, ou mesmo a disposição dos candidatos não desejem por pactuarem de forma silenciosa com a mesma prática, já nesta semana a quantidade de churrascos levados a efeitos nos distritos de Ribeiro e Baguaçu, na periferia da cidade de Olímpia e nos agrupamentos rurais chega a ser escandaloso.
Não é necessário ser nenhum mago, adivinho, profeta, visionário, para perceber que onde há uma quantidade de carros adesivados de uma determinada candidatura e um som geralmente com o volume além do praticado nos dias tradicionais, ou nos encontros festivos familiares, basta procurar, que nas imediações deve ter o patrocínio de uma manifestação política regada a cerveja e churrasco.
Não é natural tanta festa promovida em Associações e Sindicatos e espaços que geralmente estão relegados ao quase abandono o ano inteiro.
As informações acerca dos distritos chegam a ser vergonhosas. A situação que se está vivendo por lá, e em algumas vilas por aqui, ao que tudo indica é idêntico àquela manifestação festiva que muito se assemelha ao período compreendido entre o natal e o final de ano.
É muita festa em muito pouco tempo.
Cestas básicas e brindes dados aos eleitores, mesmo que possa não ter chegado às autoridades incumbidas de inibir este tipo de desvio de conduta por parte do candidato e do eleitor, nenhuma denúncia, é do conhecimento geral, tamanho o descaramento de alguns candidatos, que o sistema de compra de votos está rolando frouxo.
A quantidade de carros, residências e empresas adesivados em uma cidade em que a maioria teme ser perseguida, contraria a lógica do temor ao poder e evidencia que muita gasolina e dinheiro está sendo oferecido aos moradores, e muita promessa de benefícios as empresas, pelo menos é o que se entende do que se vê e do que se ouve.
Como grande parcela da população brasileira gosta de levar vantagem, é inconcebível a idéia de que não esteja levando agora, que tenha tomado repentinamente consciência de que quer o melhor para sua cidade.
As denúncias chegam a todo instante para os que estão na mídia, pois tanto a situação como a oposição criaram a ideia e a sensação de que é muito mais importante desgastar o adversário que moralizar a vida pública, em tese, são rotos denunciando os rasgados.
A visão, ao que tudo indica, deve ser, se denunciar na Justiça Eleitoral por estar cometendo o mesmo deslize corre o risco de ser denunciado também, então, informa-se o jornal, que se noticiar será o boi de piranha encarregado da denúncia e político nenhum poderá ser responsabilizado ou denunciado por outrem.
Lógica perversa, que se estenderá a outros terrenos que envolve a mídia e os meios eletrônicos de comunicação.
Como as práticas se repetem, agora começarão a aparecer as falsas enquetes, as pesquisas mentirosas e também o comentário sobre retirada de candidaturas.
Este expediente foi usado na eleição passada e na anterior e na outra e com certeza será utilizado nesta, visando trazer prejuízo a alguma candidatura e beneficio a outra.
No final desta semana de mentiras, boatos e falsidades, que se inicia nesta segunda, possivelmente, a exemplo de outras eleições, será montada uma central de boatos para informar que algum candidato renunciou para que outro seja vencedor e elimine o mal maior.
Sem contar que as emissoras de rádio, reféns de candidaturas, que já começaram a mandar abraços e beijos para seus prediletos, nos últimos dias, contando com a falta de fiscalização, fará como na última eleição um horário eleitoral em tempo integral em favor de seus candidatos.
Dos jornais não há muito o que falar, basta ter noção de que as candidaturas locais foram mais evidenciadas na mídia regional que aqui para entender a tendenciosidade.
Há jornais por aqui que ao longo da campanha deixou a sensação de que só uma candidatura disputa a eleição, por não haver citações as outras candidaturas, desnecessário ir além para entender as razões.
As eleições parecem que não mudaram nada em Olímpia, depois do Ficha Limpa e do julgamento do Mensalão. Melhor, mudou muito, e o cenário infelizmente indica, que, pra bem pior.
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